Prêmio Brasília de Literatura para Jango
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É bom ganhar um prêmio nacional e ainda embolsar R$ 30 mil.
Já ganhei muitos prêmios sem nunca acreditar muito neles.
Quando Paula, da L&PM, me ligou para avisar, tivemos uma conversa engraçada:
– Leste o e-mail da Fernanda?
– Li. Ela quer me inscrever num prêmio. Evoluí. Decidi ser humilde. Não acredito em prêmio, mas como as editoras acham importante, podem me inscrever, não me importo.
– Mas é um prêmio de $ 30 mil.
– A razão a mais para eu não ganhar. Vão dar para um amigo.
– Mas tu já ganhaste, Juremir.
– Como assim?
– O resultado já saiu e tu ganhaste.
Prêmio bom é assim. Não sabia que estava inscrito, não sei quem julgou e concorri com vários craques, entre os quais Humberto Trezzi, grande repórter do jornal Zero Hora.
Ganhei na categoria reportagem. Podia ter vencido na categoria biografia e até, se existisse, em romance de não ficção.
Um prêmio atribuído a mim, que falo mal dos prêmio, mostra isenção.
Apesar de mim, meu livro Jango merecia.
O personagem merece ainda mais.