Renato Aragão e o humor preconceituoso

Renato Aragão e o humor preconceituoso

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Renato Aragão sempre fez humor para crianças.

Guri, eu gostava. Era simples, simplório, bobo, divertido como um jogo de bolita.

Estava baseado em bullying, mas a gente não sabia disso, pois, por toda  parte, prevalecia a lei do mais forte. A escola era um centro de reprodução de preconceito e de imposição de uma visão de mundo baseada na humilhação.

Aragão fazia piada em cima de negro, gay, feios e outros sacos de pancada da sociedade.

O negro Mussum era a vítima preferida e oficial.

Renato Aragão declarou há poucos dias que, na época, gays, negros e feios não se ofendiam.

Sim, muitos se ofendiam, mas engoliam em seco. Nada podiam fazer. Era "normal" que fosse massacrados.

Praticamente todo cara que fala mal do politicamente correto é um ressentido indignado com a perda do poder de esculhambar os outros livremente. Fazer piada em cima de negro, gay, feios, judeus e outros é uma barbada.

Mediocridade pura.

Outra medíocre que faz discursos contra o politicamente correto é Danilo Gentilli.

Queria ver um cara desses fazer uma só piada inteligente sem ofender os "suspeitos de sempre".

Até hoje, Gentilli não emplacou uma só piada inteligente.

Prova de que burrice faz rir e dá dinheiro.

Ainda bem que o tempo de Renato Aragão fic0u para trás.

Nas suas piadas, Renato nunca perdia. A última palavra era sempre dele.

Jamais riu de si mesmo.

Os trapalhões mesmo eram Dedé, Mussum e Zacarias.

O álibi de Renato sempre foi o de ser nordestino.

Dialética do senhor de engenho.

 

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