Secretaria de Secos e Molhados

Secretaria de Secos e Molhados

Micheletti (D) e Zelaya dão sinais de saída negociada

publicidade

O PMDB tem uma visão de mundo, uma ideologia e um método de governar.

É seu direito. Melhor seria assumir publicamente.

A visão de mundo é simples: Estado mínimo.

A ideologia é o neoliberalismo.

O termo anda fora de moda. Mas não deixou de existir.

O método de governo é a radicalização do caos e da crise para aplicação do remédio amargo.

O remédio é a privatização.

Sartori levou ao ápice esse processo de exacerbação do caos para aplicar sua injeção letal.

Ganhou a eleição fazendo de conta que não tinha projeto. Escondeu bem o jogo.

Deixou a situação se deteriorar até convencer a população de que a culpa é só do funcionalismo.

As isenções, bolsas para empresários que superam qualquer privilégio do funcionalismo, continuam na caixa preta. Quem exatamente ganha? Quanto ganha? Por que ganha? Mistério.

O deputado Enio Bacci (PDT) tem razão: cabe uma CPI.

Ele citou os benefícios a empresas pelo Fundopem em troca de míseros empregos.

Até o Tribunal de Contas do Estado precisa ir à justiça para saber sobre renúncias fiscais.

No primeiro dia de votação do pacote de Sartori, o governo aprovou a diminuição do número de secretárias, "mas sem previsão de redução de Cargos de Confiança (CCs)".

Surgirá a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer.

Podem chamar de Secretaria de Secos e Molhados.

Direita e esquerda se reciclam no Brasil a cada dia. Hoje, o PMDB é o principal partido da direita pragmática. O PSDB, o mais teoricamente ideológico com firulas intelectuais. O PP ainda reúne parte da direita rural. O DEM se confunde com os tucanos sem dissimulações social-democratas.

A direita retomou o poder.

Tem pressa em avançar para trás.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895