Secretaria de Secos e Molhados
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É seu direito. Melhor seria assumir publicamente.
A visão de mundo é simples: Estado mínimo.
A ideologia é o neoliberalismo.
O termo anda fora de moda. Mas não deixou de existir.
O método de governo é a radicalização do caos e da crise para aplicação do remédio amargo.
O remédio é a privatização.
Sartori levou ao ápice esse processo de exacerbação do caos para aplicar sua injeção letal.
Ganhou a eleição fazendo de conta que não tinha projeto. Escondeu bem o jogo.
Deixou a situação se deteriorar até convencer a população de que a culpa é só do funcionalismo.
As isenções, bolsas para empresários que superam qualquer privilégio do funcionalismo, continuam na caixa preta. Quem exatamente ganha? Quanto ganha? Por que ganha? Mistério.
O deputado Enio Bacci (PDT) tem razão: cabe uma CPI.
Ele citou os benefícios a empresas pelo Fundopem em troca de míseros empregos.
Até o Tribunal de Contas do Estado precisa ir à justiça para saber sobre renúncias fiscais.
No primeiro dia de votação do pacote de Sartori, o governo aprovou a diminuição do número de secretárias, "mas sem previsão de redução de Cargos de Confiança (CCs)".
Surgirá a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer.
Podem chamar de Secretaria de Secos e Molhados.
Direita e esquerda se reciclam no Brasil a cada dia. Hoje, o PMDB é o principal partido da direita pragmática. O PSDB, o mais teoricamente ideológico com firulas intelectuais. O PP ainda reúne parte da direita rural. O DEM se confunde com os tucanos sem dissimulações social-democratas.
A direita retomou o poder.
Tem pressa em avançar para trás.