Sobre o respeito sagrado a contratos

Sobre o respeito sagrado a contratos

Casas estão completamentes ilhadas

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Volta e meia, na mídia, senhores de gravata pontificam falando sobre governos.  Não deixando qualquer margem para manobras:

– O respeito aos contratos é sagrado.

Falam assim especialmente quando se referem a governantes que revisam ou rompem contratos com multinacionais lesivos a seus países.

Agora, numa questão doméstica, o contrato do Grêmio com a OAS, mudaram de opinião, compreendendo, enfim, que contratos lesivos devem ser corrigidos. Pretendem, se necessário, romper um contrato discutido e assinado legalmente pelo Grêmio com a OAS. Aplaudo essa mudança.

Espero que ela seja ampliada a outros temas.

Se eu fosse clubista – a doença infantil do torcedor, o efeito perverso da torcida saudável –, diria: contrato é contrato, tem de respeitar.

Não existe contrato sagrado.

Se uma parte o considerar lesivo, deve ser rediscutido.

Cabe à Justiça decidir quem tem razão.

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