Um punhado de versos

Um punhado de versos

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Rasante

 

Nas asas da gaivota que eu parti

Dessa terra sem mar longe daqui

Minhas armas jaziam na África

Meu coração ardia doce páprica

Às margens vastas do negro Congo

Silvo, suave, melancólico e longo

Vento quente me leva de volta

Para esse campo suave onde nasci

Cabelo solto num sorriso franco

Destino incerto, página em branco

Voo na solidão estranha da saudade

Lua, lenta, rola a luz do amanhecer

Me traz de volta a vida que eu sonhei

Traz de novo o sonho que eu voltei

Ilumina a rosa triste que eu parti.

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Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895