Uma pequena denúncia sintomática

Uma pequena denúncia sintomática

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Caro Juremir

Ontem no inicio da noite, perto de 20 horas, na Feira do LIvro, minha
esposa pegou seu "A história regional da infâmia"  e entregou ao
vendedor da banca Martins Livreiro, pedindo a compra.

O pouco simpático atendente, se demorou um pouco e sussurrou que tinha algo
melhor sobre a legalidade para oferecer.

Após breve tentativa frustrada e firme repudio, ele concordou em fazer a venda.

No mesmo instante acontecia de outra pessoa pedir o seu livro Vozes da
legalidade, para o outro atendente, que também aplicou a mesma lorota,
que tinha livro melhor sobre esse assunto.

Ficamos surpresos  e indignados  com o ocorrido.

Me deu vontade de questionar o motivo dessa atitude, mas dessisti porque a voltagem da
irritação estava muito alta. E pensei que essa conduta não deveria ter
partido do próprio funcionário.  Achei melhor lhe comunicar.

Talvez voce saiba de alguma razão para este comportamento tão idiota e
discriminatório.  E que  possa tomar alguma atitude de protesto.
Aproveito para cumprimentá-lo pela postura de critica aos órgãos
monopolistas da imprensa que tentam nos botar goela abaixo suas
mercadorias noticiosas. Minha paranóia me fez pensar se seria este um
dos motivos da tentativa de boicote dos vendedores. Suas cronicas
estão comprando uma briga,   atitude corajosa.

E por isso  o coloca num lugar necessário que estava vago no nosso meio. Lugar de
importância e  destaque. Por este motivo, gostaria de manifestar meu apoio.

Continue firme. Cordiais saudações.

Celso Melgaré

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