Viver é mais complexo do que fritar bolinhos

Viver é mais complexo do que fritar bolinhos

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Tem quem só acredite em especialistas.
É o sujeito que adora um discurso de autoridade, o cara de que dá carteiraços.
Vamos misturar os assuntos: a demissão de Falcão do Bahia mostra que nem sempre o especialista acerta.
Saber fazer é uma coisa, saber ensinar pode ser outra.
Nem todo grande jogador de futebol vira bom treinador.
Elementar, meu caro comentarista.
Tão elementar quanto o decote ao contrário, mostrando a parte inferior dos seios.
Tudo o que está escondido um dia deve aparecer: a calcinha, a cueca, a barriguinha, a barrigona (as feias e os feios também devem ter direito de orgulhar-se dos seus atributos físicos e de exibi-los a quem interessar possa).
O problema é a ignorância.
O ignorante orgulha-se do seu (não) saber.
Reafirma o que não aconteceu.
Exemplos?
Investigar os dois lados na questão do que aconteceu durante a ditadura.
É afirmação ideológica disfarçada de demanda imparcial.
Só quem não estuda o período, ou quem mente, não sabe que um lado foi investigado e punido.
Basta procurar os milhares de processos julgados pelo Superior Tribunal Militar para saber disso.
Os lacerdinhas apostam na disseminação de uma mentira na esperança de barrar as comissões da verdade.
Chamam de ravanchismo o que não passa de desejo de justiça.
Tentam reproduzir sempre a mesma lorota em qualquer lugar.
Copiam uns dos outros a mesma cantilena.
São discípulos daquele outro, o que propunha repetir uma mentira até ela se tornar verdade.
Ignoram documentos, provas, pesquisas históricas.
Fazem-se de inocentes.
Lamento informar: o tempo do silêncio passou.
A parte inferior dos seios já está à mostra.
O traseiro dos torturadores vai aparecer nos próximos meses.

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