Escadaria sem degraus?

Escadaria sem degraus?

As obras no local fazem parte da revitalização do Viaduto Otávio Rocha

Kyane Sutelo

publicidade

A atenção de quem circula pelo Centro Histórico está voltada para o Viaduto Otávio Rocha. Os olhares curiosos se fixam para além dos tapumes da obra que modificou a rotina no entorno da avenida Borges de Medeiros e da rua Duque de Caxias. “A gente passa e levanta a cabeça, espiando, para entender o que estão fazendo”, afirma a Letícia Milhão, comerciante que possui um negócio próximo dali. Um detalhe chama a atenção na parte que leva o nome de passeio Primavera, à esquerda de quem desce da rua Duque de Caxias para a rua Fernando Machado: foram retirados os degraus da tradicional Escadaria da Borges. 

As obras no local fazem parte da revitalização do Viaduto Otávio Rocha, que começou em novembro e prevê restauração, recuperação, correção e conservação da estrutura. Mas, com placa informativa apenas na parte debaixo da estrutura, sobram dúvidas. “Me chamou a atenção que eles fecharam a escadaria. Não sei o que vão fazer”, comentou a dona de casa Zenilda Pegoraro, moradora da região. “Se for para cadeirantes, vai ficar bom”, avaliou João Brito, auxiliar de serviço gerais em um prédio próximo à escadaria.
Porém a escadaria nos passeios do viaduto manterão os degraus, elucida a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura de Porto Alegre (Smoi). A estrutura foi modificada temporariamente para a substituição do ladrilho hidráulico e será refeita. “Não há como instalar rampa naquele local. O ângulo não permitiria”, explica o secretário da Smoi, André Flores.

Entre os tópicos da licitação estão “Projetos de acessibilidade” e está prevista a colocação de um corrimão no centro das escadarias, “para quem tiver dificuldade na ‘caminhabilidade’”, segundo Flores. A parte de cima do viaduto, no entanto, continuará não sendo acessível para cadeirantes. Segundo o secretário, a colocação de um elevador também não é viável no local tombado, de acordo com informações dos engenheiros do projeto. 

A obra


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895