Iniciativa vai transformar garrafas plásticas e tampinhas em exames de ecografias mamárias

Iniciativa vai transformar garrafas plásticas e tampinhas em exames de ecografias mamárias

Coletores de resíduos PET foram espalhados por Porto Alegre e vão financiar consultas para mulheres que aguardam na fila do SUS

Correio do Povo

Tótens foram instalados no Instituto Caldeira e na Orla do Guaíba

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Uma iniciativa inédita vai transformar tampinhas e garrafas pet em consultas de ecografias mamárias na saúde pública de Porto Alegre. A ação, que já começou a funcionar desde o início de outubro, deve espalhar por pontos estratégicos da cidade coletores para reciclagem de resíduos PET. Todo o material será vendido e reciclado e a quantia arrecadada será repassada ao Instituto Camaleão, que vai selecionar e mapear clínicas e providenciar a compra dos exames de diagnóstico de câncer de mama para mulheres que estão na fila de espera do SUS.

O projeto é resultado de uma parceria entre a Bebidas Fruki, o Instituto Camaleão, a startup Trashin e a Secretaria da Saúde da Capital.

Os primeiros três pontos de coleta estão no Instituto Caldeira e na Orla do Guaíba próximo à Usina do Gasômetro e próximo ao Bar do Espartano. A ideia é ampliar os locais ao longo dos próximos dias. Os coletores, personalizados com a identidade visual da campanha Outubro Rosa, terão, ainda, um QR Code para doações espontâneas de valores em prol da causa. 

A estimativa dos organizadores é dobrar a média do número de atendimentos mensais do SUS na Capital - de 200 para 400 - entre novembro de 2022 e outubro de 2023. 

“A Água da Pedra está comprometida em combater o câncer de mama. Junto aos parceiros, temos o intuito de fortalecer o enfrentamento à doença, promover a melhora da autoestima das mulheres e garantir a diminuição da fila de espera”, salienta Aline Eggers, diretora-presidente da Bebidas Fruki.

“Precisamos unir forças para ajudar quem aguarda na fila. Muitas dessas mulheres podem estar com câncer, e sabemos que quanto antes o diagnóstico, maiores as chances de cura. Quem tem câncer tem pressa, e nós estamos juntos para ajudar a fazer a fila andar", diz Flávia Maoli, presidente do Instituto Camaleão.

À Secretaria da Saúde caberá selecionar os casos mais urgentes e agendar as consultas das pacientes, que realizarão a ecografia e receberão acompanhamento médico. 

O câncer de mama é o tipo mais frequente da doença entre as mulheres brasileiras. Além dos efeitos clínicos, afeta também aspectos psicológicos, pois pode interferir na percepção da imagem pessoal, autoestima e sexualidade. Em 2021, a estatística do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontou 66.280 novos casos da doença. A descoberta em fase inicial, por meio de consultas médicas periódicas e autoexame, representa 95% de chance de cura.


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