Confissões do mais novo porto-alegrense

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Correio do Povo

O amor de Carlos Drummond de Andrade por Itabira terminou quando ele conheceu Porto Alegre, lar "do meu eterno amigo Mário Quintana"

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Veja o que Carlos Drummond de Andrade falaria sobre a Feira do Livro.

“Nasci em Itabira, morei em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Sentia saudades dos lugares, especialmente da minha querida Itabira, cidade onde conheci a vontade de amar. Esse sentimento terminou quando conheci Porto Alegre, lar do meu eterno amigo Mário Quintana. Dentre todas as qualidades que poderia listar, listarei a principal: a Feira do Livro. É um evento que acontece todos os anos, no qual preserva a leitura e a convivência com escritores. Nos tempos em que as pessoas estão lendo cada vez menos, a Feira do Livro mostra que a literatura é resistente e continuará sempre forte. Sinto orgulho de ver pessoas de diversas gerações na Feira. Já tiraram fotos comigo e eu pude ver obras minhas dentro das sacolas. Ainda tenho saudades de Itabira, mas dessa vez, estou em uma fotografia real. Posso vivê-la e perceber o quanto a minha arte transforma o público. Sinceramente, isso não tem preço. Meu desejo seria abraçá-los, mas tem uma pedra chamada pandemia no caminho. Felizmente, a literatura nos conecta. Nesse exato momento, estou encostado em um banco na Praça da Alfândega, no Centro Histórico, conversando com o Quintana, e daqui nunca mais sairei”.

Messias Stabile Fortes / PUCRS


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