Um lugar para todos
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“Por ser uma praça, leito de rua e Cais do Porto nem sempre conseguimos o ideal da acessibilidade, todos os espaços são acessíveis, porém, não o ideal”, comenta o engenheiro responsável pela Feira do Livro há 14 anos, Eduardo Bergalo. Segundo o engenheiro, já se chegou à conclusão de que a maior dificuldade é com os deficientes visuais.
A Biblioteca Moacyr Scliar, no Cais do Porto, trabalha na inclusão de deficientes visuais através da transcrição de livros em Braille visando a cultura. Neste ano, a Confraria das Letras em Braille fez 10 títulos com uma tiragem de 20 exemplares de todos que foram distribuídos no 8º Encontro da Confraria, na última segunda-feira, para escolas públicas. Um exemplar de cada livro, para público infantil e juvenil, está disponível para apreciação na biblioteca. Um dos livros expostos é “Onde o Céu Acontece”, da escritora Sônia Barros, na versão original e em Braille.
A deficiente visual Regina Rosa Brito, que participa do Projeto Rumo Norte, comenta: “Estou gostando da Feira do Livro, está bacana, está de fácil acesso, mas há alguns obstáculos naturais que conseguimos superar”. A monitora do projeto, Fátima Dutra, acredita que o evento está acessível e há espaço para deficientes, mas é preciso acompanhá-los. Vanessa Valentin e seu esposo, Marco Valentin, que é cadeirante, visitaram as bancas da Feira do Livro. O único problema encontrado por Vanessa “foi o balanço causado pelo desnível das pedras no calçamento, mas o acesso para ver os livros é bom”.
Texto Francielly Brites
Fotos Gabriele Rocha