Um lugar para todos

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A acessibilidade da Feira do Livro de Porto Alegre trabalha há mais de cinco anos para melhorar.  A reforma da Praça da Alfândega, que terminará este ano, foi desenvolvida para ser totalmente acessível, já que não tem desníveis. As estruturas montadas têm rampas, nos pontos de informações os balcões são rebaixados e há banheiros químicos, inclusive para atender os cadeirantes. Os prédios são acessíveis através de elevadores, como no caso do Memorial do RS.

“Por ser uma praça, leito de rua e Cais do Porto nem sempre conseguimos o ideal da acessibilidade, todos os espaços são acessíveis, porém, não o ideal”, comenta o engenheiro responsável pela Feira do Livro há 14 anos, Eduardo Bergalo. Segundo o engenheiro, já se chegou à conclusão de que a maior dificuldade é com os deficientes visuais.

A Biblioteca Moacyr Scliar, no Cais do Porto, trabalha na inclusão de deficientes visuais através da transcrição de livros em Braille visando a cultura. Neste ano, a Confraria das Letras em Braille fez 10 títulos com uma tiragem de 20 exemplares de todos que foram distribuídos no 8º Encontro da Confraria, na última segunda-feira, para escolas públicas. Um exemplar de cada livro, para público infantil e juvenil, está disponível para apreciação na biblioteca. Um dos livros expostos é “Onde o Céu Acontece”, da escritora Sônia Barros, na versão original e em Braille.

A deficiente visual Regina Rosa Brito, que participa do Projeto Rumo Norte, comenta: “Estou gostando da Feira do Livro, está bacana, está de fácil acesso, mas há alguns obstáculos naturais que conseguimos superar”. A monitora do projeto, Fátima Dutra, acredita que o evento está acessível e há espaço para deficientes, mas é preciso acompanhá-los. Vanessa Valentin e seu esposo, Marco Valentin, que é cadeirante,  visitaram as bancas da Feira do Livro. O único problema encontrado por Vanessa “foi o balanço causado pelo desnível das pedras no calçamento, mas o acesso para ver os livros é bom”.

Texto Francielly Brites


Fotos Gabriele Rocha


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