Vendas na Feira do Livro caem em dias de chuva

Vendas na Feira do Livro caem em dias de chuva

Relato de livreiros e comerciantes são parecidos. O sol traz o acréscimo na comercialização.


Andreo Fischer*

Chuva reflete nas vendas da Feira do Livro

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Desde o último dia 28, data do início da Feira do Livro de Porto Alegre, poucos têm sido os dias ensolarados. E isso se reflete nas vendas das tradicionais bancas instaladas na Rua da Praia. Na data da produção desta reportagem o tempo era de sol, mas o dia anterior trazia nuvens carregadas na Capital.

E isso traz à tona alguns fatos curiosos.

O gestor de vendas da Editora Age, Rudimar Bernardes, 37 anos de feira, comenta que, há sim, vendas em dias chuvosos e o público consumidor é aquele que sai de casa determinado a comprar um título específico, pagar e ir embora. Já quando há sol, o cliente está mais disposto a ir às bancas para apreciar as obras literárias com mais tempo.

“A gente convive com essa mudança constante de clima, quando chove o movimento cai, mas quando o tempo está firme conseguimos recuperar as vendas. A Feira do Livro já é um sucesso no calendário de eventos da Capital. No fim das contas não consideramos um prejuízo essa queda na comercialização em climas ruins”, explica.


Foto: Andreo Fischer / Especial CP

A livreira Vera Pinheiro, da banca Chick, concorda com o colega. Com mais de 15 anos de experiência no evento, ela conta que quando chove, alguns clientes param para olhar os livros, mas acabam colocando o guarda-chuva molhado em cima das obras. Mas isso não é problema perto da diminuição das vendas nesses dias.

“Quem vem, vem direto comprar o que quer. Vender menos faz parte do jogo e não necessariamente é um prejuízo. Mas, antes da pandemia, o pessoal vinha à feira em qualquer clima”, comenta, ressaltando que, após a pandemia, as obras que tratam sobre ansiedade, autoajuda e depressão tiveram um aumento na comercialização. E estes livros têm saída em qualquer dia da feira.


Foto: Andreo Fischer / Especial CP

Já na banca de paletas mexicanas anexa à Cervejaria Dado Bier, a vendedora Larissa Cunha é taxativa ao dizer que com tempo ruim os picolés quase não vendem. O oposto ocorre com o tempo ensolarado. “É um prejuízo”, define Larissa. A previsão do tempo para Porto Alegre a partir desta quarta-feira é de chuva, mas isso não deve entristecer os feirantes, já que a Feira do Livro é um local de muitos encontros que vai muito além do clima.


Foto: Andreo Fischer / Especial CP

* Estudante do Centro Universitário Sumaré


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