Vozes misteriosas

Vozes misteriosas

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As vozes misteriosas



Qual a melhor maneira de ficar sabendo dos eventos que ocorrem na Feira do Livro? Há quem prefira o caderno especial que traz toda a programação. Outros preferem se guiar pelo mapa e descobrir as atividades durante uma caminhada. Mas há ainda aqueles que simplesmente sigam a tradicional Voz do Poste, entoada por três mulheres. Assim como em outros eventos, as locuções, em geral consideradas misteriosas, instigam a pergunta: de quem é essa voz?

Na área infantil da Feira do Livro, Liz Dias e Drica Lopes são as vozes que orientam o público que circula pela região do Cais do Porto. A dupla – que se reveza ao longo do dia – garante que muitas pessoas sequer consultam o balcão de informações. “Eles escutam nossa locução e vão se orientando, vamos conduzindo o público”, conta Liz, que há três edições da Feira do Livro está trabalhando nas cabines. Drica, que atua há dois anos como locutora na feira, mas se envolve com o evento desde 2006, também comenta a importância do trabalho que realizam: “As pessoas prestam atenção”.

Por outro lado, os alto-falantes colocados nos postes e outras estruturas da Praça da Alfândega recebem a voz de Clea Motti. Na cabine localizada junto ao balcão de informações no centro da praça, a demanda de trabalho de Clea é maior por ser a única voz disponível durante todo o dia.  Por isso, até mesmo o tempo para atender eventuais curiosos é escasso.

Posso ajudar?

Não raro é possível encontrar visitantes da Feira do Livro perdidos, à procura de determinado livro ou atividades prestes a começar. Por isso, os balcões de informações do evento são adorados por todos a cada momento em que se tornam necessários – e avistados. São dois nesta edição da feira: um na Praça da Alfândega e outro no Cais do Porto.

O balcão de informações da área infantil tem quatro pessoas que dividem as tarefas para atender o público. Vivian da Silva, que atua no espaço, conta que a maior demanda está ligada à procura por obras literárias e à localização de livros pertencentes a editoras específicas. Além disso, há registros de crianças perdidas – neste caso, o setor de informações repassa a informação à “Voz do Poste”.

Situações semelhantes ocorrem no balcão de informações da Praça da Alfândega. Licier Moraes e Carolina Escobar confirmam que os pedidos mais comuns estão ligados à localização de bancas e livros. Elas afirmam, porém, que nem sempre os livros são encontrados, por falta de informação das próprias bancas e pela venda total das obras procuradas.

Texto Mateus Tamiozzo


Foto Gabriele Rocha


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