Ajude - e não faça turismo nas tragédias

Ajude - e não faça turismo nas tragédias

Cidades afetadas pelas chuvas e enchentes precisam ser alvo de solidariedade, não de curiosidade mórbida.

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O RS está, mais uma vez, sofrendo com as intempéries. Acompanhe aqui no CP tudo o que acontece. É essencial que a imprensa e os órgãos públicos nos mostrem o que está acontecendo para que tenhamos uma noção do que fazer, seja para prevenir algo pior, seja para ajudar. Muita gente está mobilizada resgatando vítimas. São idosos, crianças, há doentes precisando remoção. Famílias inteiras. Animais de estimação. Comércios. Empresas. Há muito a se fazer para ajudar.

Mas ir até esses locais é para isto. Ser solidário de alguma forma efetiva. Não é admissível que se faça turismo na tragédia. Não dá para aceitar que pessoas desloquem até os locais ondem se tem vítimas e flagelados, destruição e catástrofe, apenas movidos por uma curiosidade mórbida. Esses, além de não ajudar, atrapalham todos os que estão ajudando.

Na cidade onde moro, a cada enchente que acontece, todas as ruas do centro - que estão mais próximas do Rio Caí - são tomadas pelas águas. As casas ficam ilhadas. Famílias são removidas. Todos os moradores só querem que isso passe de uma vez. Mas é incrível o número elevado de carros que passam, nas quadras onde a água ainda permite a circulação, apenas para "olhar". Com isto, provocam movimentos da água, ondas, que acabam atingindo casas e locais que não estavam atingidos. 

Seja onde for. E o que aconteceu. Deixem as equipes da Defesa Civil trabalharem. Os policais, os bombeiros, pessoal das prefeituras, voluntários, equipes de saúde. Deixem esses locais para quem está salvando vidas, levando materiais e alimentos, agasalhos, colchões. Por favor, acompanhem as notícias pela imprensa ou pelos portais públicos. Só vá até um lugar desses se for ajudar. A vida, a sensatez e o respeito agradecem.
 


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