Hoje eu não perco Jesus
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Eu não sou noveleiro, também. Só quando era menino acompanhava, ao lado de minha mãe, as tramas da época. A gente acompanhava as novelas da TV e do rádio. Era uma busca pela ficção, pela fantasia, pelo romance utópico, pelas lições de vida. Suspirar e sonhar, combustíveis essenciais à vida. Eu me criei, talvez por isto, um sujeito apaixonado por boas histórias. Sou fã de filmes e séries tanto quanto sou de bons livros.
O que a Rede Record conseguiu, e já há um bom tempo, foi recuperar a paixão do brasileiro pelas telenovelas que andava meio abalada, desmotivada. Nosso povo andava meio desinteressado das modernas tramas da telinha, pouco capazes de tocar na alma como outrora. As novelas da Record trouxeram a inquietude, o suspirar, a tensão, a paixão e a espiritualidade necessárias de volta. Nunca mais tinha visto minha mãe, ou meus familiares e amigos tão empolgados e presos aos capítulos de uma novela. E quando alguém diz que tal hora não pode sair, porque não pode perder a novela, o mérito é de quem faz esta trama ser assim tão cativante.
Jesus promete. Pela primeira vez em novela, a história do maior dos homens - que sejamos religiosos ou não, precisamos admitir, é fato. Que novela, promete ser! Não há outro assunto nas rodas por aí. Eu, por exemplo, hoje não perco a estreia. E olhe que tem jogo decisivo do Xavante, às 19h15, jogo para mostrar que time do interior também tem força na torcida, na raça, na paixão e supera a adversidade e a diferença de recursos dos gigantes. Mas o segundo tempo vai ter que ser só na notificação do aplicativo do Correio do Povo. Vou ver novela. Que hoje eu não perco Jesus por nada deste mundo!