Os disfarces do crime

Os disfarces do crime

Operações da Polícia Civil nos mostram que confiança excessiva e desinformação viram armas na mão de bandidos desarmados.

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Redes de estabelecimentos comerciais comandadas por criminosos. Imobiliárias falsas que abusam da confiança de condôminos para desaparecer com dinheiro de moradores. Além do serviço natural que a Polícia Civil oferece à sociedade - que é o de colocar na cadeia quem está lesando vítimas ao nosso redor -, as operações deflagradas pela polícia gaúcha nos mostram que é preciso estar atento. Sempre. Em todo e qualquer circunstância. É preciso estar informado. E é preciso desconfiar, sempre, para se preservar. Infelizmente.

Há quem confunda desconfiança com desrespeito. Nada disso. Não é preciso ser deseducado para exigir transparência em todos os negócios ou serviços prestados onde necessitamos interagir com outras partes. Quem é honesto, não vai interpretar como ofensa deixar tudo bem claro, origem e destino de recursos, trabalhos e mercadorias. Pedir prestações de contas, solicitar a comprovação documental do que é dito que foi feita, pesquisar sempre sobre tudo o que estamos prestes a comprar ou contratar, não é ofensa. É preservação. Um direito de quem é consumidor ou contratante. Faz parte da cidadania. 

O ser humano é racional e nossa racionalidade pode ser bem inescrupulosa quando quer. E inteligente. Vá adianta sempre com seu sorriso no rosto, mas sempre com um pé atrás. Os bandidos não usam mais toucas de meia e armas na mão, apenas. Nem nos esperam só em becos escuros para nos roubar. Eles vestem boas roupas e e nos enganam com belas conversas e nos recebem em seus negócios de lindas fachadas. Ainda nos fazem abrir a certeira sorrindo. Obrigado, Polícia Civil, por nos alertar!

 


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