24 Horas de Daytona une tradição e clima de festa único para abrir temporada neste fim de semana

24 Horas de Daytona une tradição e clima de festa único para abrir temporada neste fim de semana

Prova irmã de Le Mans promete batalha feroz pelo cobiçado troféu e brasileiros na luta pela vitória em várias categorias

Bernardo Bercht

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Além da taça super tradicional, neste fim de semana teremos a 60ª edição da prova mais divertida da temporada. Estamos falando das 24 Horas de Daytona, o evento certo para abrir a temporada de grandes corridas no asfalto. Os maiores nomes do automobilismo norte-americano e alguns dos grandes nomes mundiais estarão no grid para a largada deste sábado.

Na pole-position, a galera que encontrou o caminho e venceu as últimas três edições, com dois carros diferentes. Sim, falamos da Wayne Taylor Racing, que venceu a prova classificatória com Ricky Taylor, Filipe Albuquerque, Alex Rossi e Will Stevens a bordo do Acura DPi. A turma da Chip Ganassi estará em peso na tentativa de derrubar essa hegemonia com seu Cadillac e nomes de peso como Kamui Kobayashi, Jimmie Johnson, Pechito Lopez, Scott Dixon, Alex Palou e Sebastien Bourdais.

Também será uma corrida com os melhores nomes do Brasil nas pistas do mundo. O atual campeão da IMSA Pipo Derani quer repetir a dose em Daytona. Hélio Castroneves estará em busca do bicampeonato nas 24 Horas, agora de time novo, com o novo/velho companheiro Simon Pagenaud no Acura da Meyer Shank Racing.

Na turma dos GTs, Felipe Nasr puxa a fila agora como piloto oficial da Porsche, enquanto Daniel Serra tenta o a consagração que já veio para ele em Le Mans. Estará a bordo da Ferrari 488 GT3. Além deles, Felipe Fraga vai estrear de protótipo LMP3 na corrida, depois de boas performances nos GTs.

Quem também é piloto oficial é Augusto Farfus com a BMW. Vale lembrar que com muita sagacidade tática, o brasileiro levou a marca  à vitória na edição de 2019, pilotando na chuva como se não fosse mais parar para abastecer. Ficaria sem gasolina, mas o temporal terminou a corrida em bandeira vermelha e a tática rendeu o troféu.

Daytona é considerada prova irmã de Le Mans, mas tem uma atmosfera totalmente diferente. Quem está lá, enxerga tudo, na parte do oval inclinado em alta velocidade, mas também nas freadas do miolo. O paddock é energizado pelo palco com atrações musicais e, em algumas edições, até aquele karaokê cafona improvisado. A memória das corridas de antigamente fica no meio dos pits, com carros campeões e os pilotos estão para lá e para cá, entre pits e motorhomes para descansar.

Ou até pregar peças uns nos outros. Flagramos Alonso e Kobayashi, em 2019, jogando um dos irmãos Taylor dentro de uma fonte, com os termômetros a 3ºC... E Alex Zanardi deu entrevista em meio à garoa, enquanto seguia com sua motinho elétrica para os boxes, entre stints. Também teve Rubens Barrichello esperando na fila do buffet para pegar um café... Enfim, é um mundo diferente, um clima mais aberto e de confraternização que é difícil de ver em outra corrida desse porte no automobilismo mundial.


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