500 Milhas de Indianápolis lembram Mark Donohue e os 50 anos da 1ª vitória Penske

As 500 Milhas de Indianápolis tem uma simbologia ainda mais especial para a equipe Penske em 2022. São 50 anos desde a primeira das 18 vitórias da equipe no templo do automobilismo norte-americano. Em 27 de maio de 1972, o lendário Mark Donohue levou um chassis McLaren M16 à bandeirada após 200 voltas para consagrar o time norte-americano.

A vitória abriu uma nova era da Indy 500, a era do downforce. Foi a primeira vez que os aerofólios invadiram o oval, elevando drasticamente as velocidades de curva. O espetáculo se tornou ainda mais alucinante e, provavelmente, mais perigoso.

Ainda assim, Donohue controlou a McLaren como poucos conseguiam e anotou o recorde de prova mais rápida, então, com uma média de 262.3 km/h. E de forma alguma o norte-americano nascido em Nova Jersey era favorito.

A prova foi dominada por Gary Bettenhausen, em outro chassis McLaren. Após 138 voltas, contudo, ele parou com um problema na ignição. Donohue foi calculista, evitou problemas para a equipe Penske e, liderando apenas as últimas 13 voltas, iniciou uma das histórias mais consagradas da Brickyard.

O time comandado por Penske iria se tornar a maior força da categoria e, ainda, explorar outras modalidades do esporte, como a Fórmula 1. Donohue, inclusive, já havia estreado no Mundial com um McLaren M19A inscrito por Roger e feito um pódio em 1971.

Tragicamente, em 1975, numa temporada em que fez pontos em duas corridas para a Penske, Donohue veio a perder a vida. Ele se acidentou nos treinos para o GP da Áustria, batendo o capacete contra um pilar de uma cerca de segurança. Saiu do carro consciente, mas horas depois sucumbiu a uma hemorragia cerebral.

Jamais esquecido por Roger e relembrado no museu do Indianápolis Motor Speedway, Donohue iniciou um legado de poucos.