A verdadeira história sobre a destruição dos Mini Challenge

A verdadeira história sobre a destruição dos Mini Challenge

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O fim da simpática categoria Mini Challenge já foi traumática, no final do ano passado. Para muitos foi ainda mais impactante ver, nesta semana, os carros que levaram o gaúcho Victor Genz ao título do certame, sendo destroçados em um ferro velho por guindastes sem nenhuma cerimônia. O fato, porém, é que o descarte foi necessário por conta da forma como os carros chegaram ao Brasil. Todos os Mini da categoria foram trazidos através de importação temporária, para pagar impostos menores. Com o fim da categoria, novas taxas teriam de ser pagas pela nacionalização dos protótipos e os responsáveis decidiram pelo descarte.

De acordo com a assessoria de imprensa da BMW, que patrocinava o certame, foi oferecida a possibilidade de ficar com os veículos à JL Competições, mas sem garantia de retorno, não seria viável pagar as taxas de importação necessárias para manter os veículos no Brasil. Desta forma, a Receita Federal foi contatada e o chamado "escapeamento" realizado pela empresa Gerdau. Não foi possível manter qualquer dos carros íntegros e, portanto, todos os Mini de competição foram destruídos para aproveitamento das partes metálicas e outras peças recicláveis.

Fica difícil, desta forma, condenar a destruição sumária dos carros de corrida. Segue muito triste, porém, a visão dos veículos que proporcionaram grandes pegas sumariamente "executados" pelas guilhotinas de ferro da Gerdau. Num país com maior participação da sua Confederação Brasileira de Automobilismo, quem sabe a categoria poderia ter sobrevivido ou gerado interesse suficiente para que os veículos fossem nacionalizados. Sem todo o trabalho  necessário, também por parte da montadora BMW que lavou as mãos ao fim do ano, restou o descarte.

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