Al-Attiyah e Sunderland se aproximam de vitória após penúltima etapa do Dakar

Al-Attiyah e Sunderland se aproximam de vitória após penúltima etapa do Dakar

Sainz venceu estágio nos carros, mas é o catariano que aponta para o título

AE

Sunderland retomou a ponta em busca do bicampeonato nas motos

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Há muitos anos que o Rally Dakar é protagonizado por três pilotos na clássica disputa dos carros: o catariano Nasser Al-Attiyah, o espanhol Carlos Sainz e o francês Stéphane Peterhansel. Em 2022 não está sendo diferente. Nesta quinta-feira, dia da 11ª e penúltima etapa, em um percurso em laço de 346km na cidade de Bisha, na Arábia Saudita, Sainz venceu a especial, mas é Al-Attiyah que está perto do título, o quarto de sua carreira.

Foi a quarta vitória do piloto espanhol em especiais nesta edição de 2022 do Dakar e a 41.ª em toda a sua trajetória, marcada pela conquista dos três títulos (2010, 2018 e 2020). O veterano de 59 anos cruzou a linha de meta da especial em 3h29min322, 2min21s de vantagem para o segundo colocado, o francês Sébastien Loeb. Este, ainda tenta uma arrancada final e algum problema de Al-Attiyah para tentar sua primeira vitória.

Lucio Álvarez, piloto argentino que guia um Toyota Hilux, foi o terceiro na etapa, seguido pelo sueco Mattias Ekström, da Audi, em grande performance ao longo de todo o Dakar. O campeão Nani Roma, companheiro de equipe de Loeb e Orlando Terranova, foi o quinto. Peterhansel terminou em sétimo na especial, com 5 minutos de atraso para Sainz.

Já Al-Attiyah somente administrou a diferença perante Loeb, o segundo na classificação geral, e está muito perto do seu quarto título do Dakar. O catariano foi o oitavo colocado nesta especial de dura navegação em razão das vastas dunas em Bisha. Ficou 6min42s atrás de Sainz.

Com apenas um dia de disputa e 164km de especial entre Bisha e Jeddah, Al-Attiyah tem mais de 30 minutos de frente para Loeb. Já bem distante em termos de tempo, na terceira posição, aparece o saudita Yazeed Al Rajhi, que tem 1h03min43s de atraso para o líder.

MOTOS

O jogo novamente virou na imprevisível disputa do Dakar nas motos com um dia para o desfecho da competição. Adrien Van Beveren, da Yamaha, largou na especial como líder geral da disputa, mas as enormes dunas da região ofereceram um desafio árduo em termos de navegação e deixaram o francês mais longe da conquista do seu primeiro título.

Levou a melhor Sam Sunderland, da GasGas, que terminou a especial em segundo lugar, a apenas quatro segundos do atual campeão, o argentino Kevin Benavides, que não tem mais chances de título depois dos problemas enfrentados na última quarta-feira. Para o britânico, apenas uma especial o separa do bicampeonato do Dakar.

Joaquim Rodrigues, piloto que neste ano venceu uma especial pela indiana Hero, colocou a terceira marca diferente no Top 3 da especial das motos nesta quinta-feira. Matthias Walkner, da KTM, foi o quarto colocado, seguido por três Honda: Ricky Brabec, Pablo Quintanilla e José Ignacio "Nacho" Cornejo Florimo.

A jornada de Sunderland foi fundamental para abrir vantagem perante aquele que desponta como seu grande adversário na última etapa do Dakar. Pablo Quintanilla, piloto que vem crescendo ao longo do Dakar, terminou a 7min36s do britânico, diferença que se reflete na classificação geral.

Van Beveren, por sua vez, teve um dia muito complicado em Bisha e ficou mais distante de buscar seu primeiro título do Dakar ao terminar a especial com 21min33s de atraso para Benavides, ou a 21min29s de desvantagem para Sunderland. O francês concluiu a etapa apenas em 15º lugar.

Sunderland lidera com 6min52s de frente para Quintanilla, enquanto Walkner está na terceira posição geral. Adrien tem 15min30s de atraso para o novo líder da classificação geral e ainda sonha com o título, que lhe parece mais distante. Joan Barreda, da Honda, aparece em quinto, mas 27min54s atrás de Sunderland.


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