Bernie Ecclestone mantém F-1 no mundo da lua e garante GP do Bahrain
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Enquanto o mundo assiste uma inconformidade civil acobertada no Bahrain, com mortes e protestos generalizados contra o governo, Bernie Ecclestone compra a tese dos xeiques. Usando a mesma tese que provocou constrangimento e colocou os pilotos da GP2 em risco, no ano passado, o todo-poderoso da Fórmula 1 mantém a categoria em outro planeta, desconectada da realidade, e confirma a realização da corrida, a quarta do campeonato.
"A única notícia que ouvi de lá é que alguns garotos enfrentaram problemas com a polícia", garantiu Ecclestone cujo discurso poderia ser classificado de senil, não fosse intencional. "As equipes não estão nada preocupadas. Parecem felizes que tudo está se encaminhando sem problemas", ponderou o dirigente.
Enquanto isso, tanques patrulham as ruas da capital Manama e a polícia atira gás de efeito moral em qualquer tipo de aglomeração de pessoas. Certo que os magnatas e investidores da F-1 não querem perder os milhões de petrodólares e, cancelar sem consentimento do Bahrain, acarretaria uma multa pesadíssima para Bernie, mas o fato é que não combina com a imagem de nenhuma empresa no mundo compactuar com a realização de um evento a favor de um estado repressor em meio a conflitos civis.
