Bianchi sofreu tipo de lesão que deixa 90% dos pacientes vegetativos ou em coma permanente

Bianchi sofreu tipo de lesão que deixa 90% dos pacientes vegetativos ou em coma permanente

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A equipe Marussia divulgou nota oficial, nesta terça-feira, com a manifestação da família de Jules Bianchi sobre suas condições após o acidente no GP do Japão. Conforme o comunicado, o piloto segue na Unidade de Terapia Intensiva do Mie General Medical Center, em estado crítico, mas estável por conta de uma lesão axonal difusa.

Esse tipo de ferimento no cérebro varia em grau de extensão da lesão, mas é um dos mais graves que pode ocorrer em traumas cranianos. Ao invés de golpes pontuais por pressão ou batidas, a enorme desaceleração da batida causa o rompimento dos axônios, projeções dos neurônios que permitem se comunicar uns com os outros. Cerca de 90% dos pacientes com lesão axonal difusa não voltam a despertar do coma ou ainda permanecem em estado vegetativo.

Segundo o comunicado da família, que agradeceu o apoio e afeto demonstrados para Jules durante as horas seguintes ao acidente em Suzuka, os melhores especialistas estão sendo consultados sobre o caso. "Queremos agradecer ao professor Gerard Saillant, presidente da Comissão Médica da FIA e ao professor Alessandro Frati, neurocirurgião da Universidade de Roma que viajaram ao Japão para acompanhar Jules".

A natureza da lesão ocorreu por conta da desaceleração extremamente violenta que o carro da Marussia sofreu após passar sob o trator. Ao contrário do que se poderia pensar, não houve impacto direto do capacete do piloto com o guindaste, mas a traseira do Fórmula 1 ficou presa pelo veículo de várias toneladas, provocando uma parada imediata. Isso impediu que as estruturas deformáveis do carro absorvessem impacto, que acabou transferido para o piloto.

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