Boxes da Fórmula 1 em Interlagos revelam os detalhes que fazem a diferença na pista
Peças mais simplórias, como rolamentos, equipamentos para pit-stops e freios tem o cuidado e a sofisticação própria da categoria
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Circular pelos boxes da Fórmula 1 é uma oportunidade particular de prestar atenção a valer nos carros e equipamentos de cada equipe. É no detalhe que cada décimo de segundo surge e garante vitórias, pontos e campeonatos.
No box da Ferrari, chama a atenção o modo meticuloso como um engenheiro (Charles Leclerc tá diferente nesse cockpit) é destacado para testar o posicionamento da proteção lateral de cabeça, dos cintos e a fixação de cada elemento do cockpit antes da corrida. Mais alguns minutos e os italianos tiram o carro dos boxes para treinar pit-stops.
Detalhe, todas as rodas são trocadas por modelos bem mais velhos e desgastados. Para preservar as peças que serão usadas na corrida, outras bem surradas e claramente descartáveis, já com muitas marcas das pistolas hidráulicas, são empregadas no treino.
Os pneus também são daqueles que o borracheiro de meio de estrada diz confiante: "Não se preocupa que dá para rodar mais uns mil quilômetros." Não dá...
Ali adiante, um mecânico da Red Bull examina atentamente todas as arestas e partes móveis do macaco que será usado para levantar o carro de Max Verstappen logo depois.
A peça, quase a mais simplória da garagem, é cheia de dobradiças e encaixes caprichosamente desenhados para erguer o carro sem causar danos na delicada aerodinâmica. E alguém precisa garantir que vai funcionar na hora de um pit de 2,5s (ou menos no caso da Red Bull).
Na Haas o esmero está no mesmo patamar. Outro engenheiro tinha a missão de confirmar o posicionamento correto dos elementos do freio e lubrificar os rolamentos. Sem o pneu, ele aplicava o líquido em movimentos quase ensaiados para cada ponto que ele mesmo marcava em um gabarito da roda. Kevin Magnussen fez a pole-position da zebra por milésimos de segundo em relação a Verstappen. Alguns dele devem ter estado ali...
