Brasil vence as 24 Horas de Daytona, com Felipe Nasr na Penske-Porsche

Brasil vence as 24 Horas de Daytona, com Felipe Nasr na Penske-Porsche

Pipo Derani foi segundo e garantiu dobradinha do país na tradicional prova de Endurance

Bernardo Bercht

Pipo Derani foi segundo e garantiu dobradinha do país na tradicional prova de Endurance

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Porsche e Penske voltaram com estilo ao topo do pódio das 24 Horas de Daytona. E o Brasil foi junto! Na pilotagem dominante de Felipe Nasr, o Porsche 963 #7 - que também teve Dane Cameron, Matt Campbell e Josef Newgarden - cruzou a linha de chegada após longa batalha com o Cadillac #31 da Action Express, que nas últimas voltas pressionou a menos de 1s com a tocada agressiva de Tom Blomqvist. O Cadillac, por sinal, formou a dobradinha brasileira, já que tinha Pipo Derani a bordo; além de Jack Aitken.

O Brasil ainda teve vitória entre os GTs. Daniel Serra liderou a turma da Ferrari, com Davide Rigon, Alessandro Pier Guidi e James Calado. O modelo 296 #62 esteve sempre entre os líderes e completou a prova com uma volta de vantagem para os demais. Na LMP2, Felipe Massa chegou ao pódio com o terceiro lugar, ao lado de Felipe Fraga com o Oreca da Riley.

Um dos segredos do Porsche foi a ótima velocidade de retas, após uma opção aerodinâmica com um pouco menos de downforce. Em vários momentos, os Cadillac pareciam ter mais ação e algum favoritismo, mas o Porsche era mais eficiente com a economia de combustível e, na hora de disputar posição, conseguia se manter à frente nas retas.

O primeiro grande ataque veio do Cadillac #01, com Sebastien Bourdais fazendo de tudo para superar Josef Newgarden. Só que o francês exagerou, fritou os pneus e quase bateu, saindo da pista. A manobra tirou esse primeiro algoz da briga.

Mais adiante, a BMW apostou numa tática diferente de pits com o carro do também brasileiro Augusto Farfus; e os alemães chegaram a ameaçar a hegemonia Porsche. O ritmo, contudo, não era o mesmo e, depois, problemas técnicos tiraram ambos BMW do páreo.

Restou, enfim, a batalha com o outro Cadillac. E foi duríssima. A 72 minutos do fim, Blomqvist antecipou a parada e com os pneus mais aquecidos passou Nasr. O brasileiro ainda fritou pneu e quase saiu da pista. Apesar de reclamar de vibrações até o fim, segurou a onda. No último pit-stop, a economia de combustível foi protagonista. O Porsche precisou abastecer por menos tempo e Nasr retomou a liderança nos boxes.

Os últimos 20 minutos foram de adrenalina, com Blomqvist grudado no brasileiro. Nasr ainda cometeu um erro ao passar um Porsche retardatário, balançou a frente, quase saiu da pista, mas no meio do trânsito o Cadillac não conseguiu passar. Nasr usou um gás final para abrir 2s e encaminhar a vitória. Curiosamente, a bandeirada foi antecipada quando ainda faltavam duas voltas no sinal da cronometragem. Festa da Penske e da Porsche!


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