Carros no limite fazem muro crescer nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis

Carros no limite fazem muro crescer nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis

Alonso tenta recuperar prejuízo e brasileiros buscam melhor acerto para garantir lugar no grid

Bernardo Bercht

Gaúcho Matheus Leist concentrou trabalho nas voltas sem ajuda do vácuo

publicidade

Os treinos para as 500 Milhas de Indianápolis foram mais apressados do que a própria velocidade da Fórmula Indy - beliscando os 400 km/h - costuma mostrar. A chuva interrompeu as atividades de pista algumas vezes, obrigando os times a testar o máximo de coisas no menor tempo possível. Tanta experimentação, e carros no limite da aderência, resultaram em inevitáveis batidas no muro. E mais trabalho ainda para os que experimentaram a dureza do paredão do mítico oval. Tudo isso ficou muito evidente nesta sexta-feira, a chamada Fast Friday, quando os pilotos são autorizados a usar o máximo de potência dos motores.

O norte-americano Kyle Kaiser foi o quarto de uma lista do muro que teve o bicampeão de Fórmula 1 Fernando Alonso, Felix Rosenqvist e Pato O'Ward. Para seu time, a pequena Juncos Racing, talvez tenha sido o castigo mais duro. Ainda assim, a turma do peleador argentino Ricardo Juncos arranjou um chassis reserva de pista mista e estava convertendo o bólido para a configuração de oval. A esperança de estar no grid da maior corrida do mundo nunca se esvai.

Vai ser muito parelho e complicado, entretanto, figurar entre os 33 pilotos que receberão a bandeira verde no dia 26 de maio. "Foi um dia bem difícil para a gente. Tivemos que colocar o carro na pista e tentar várias direções de acerto em pouco tempo", explicou Alonso, que apenas na sua volta final conseguiu entrar no top 30.

O mais rápido do dia foi Conor Daly, piloto extra da Andretti apenas nesta corrida. Ele reconheceu que foi atrás do vácuo para liderar os tempos e "dar uma recompensa" ao time que trabalhou um monte no seu carro. Sem vácuo, o mais rápido foi Ed Jones da equipe Carpenter. Esses, sim, especialistas em andarem a 400 por hora sem vácuo. O chefão, Ed Carpenter, tentará uma terceira pole-position na Brickyard.

Os brasileiros  não figuraram na tabela dos ponteiros. Ainda assim, estão confiantes de lutar na metade de cima do grid. "Vai ser muito bom se conseguirmos um lugar entre os nove melhores, mas o objetivo é estar entre os 12. Acho que temos alguma folga para conseguir isso", projetou Tony Kanaan, campeão na Indy 500 de 2013. Ele e o companheiro Matheus Leist ficaram sempre no top 20 das voltas sem ajuda do vácuo, situação que se repetirá na classificação, já que o piloto vai sozinho para a pista.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895