Corpo de Fangio é exumado para dois testes de paternidade na Argentina
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O corpo da lenda do automobilismo Juan Manuel Fangio foi exumado nesta sexta-feira por ordem da justiça argentina, que vai praticar um teste de paternidade 20 anos depois da sua morte. Os restos mortais do pentacampeão de Fórmula 1 (1951, 1954, 1955, 1956 e 1957) foram transferidos da cova familiar ao necrotério do cemitério de Balcarce, a 416 quilômetros ao sul de Buenos Aires, onde os peritos de uma corte da província de Buenos Aires vão recolher amostras de DNA, informou o portal Infojus do Ministério da Justiça. "Será realizada uma extração científica dos restos do cadáver para que possam ser comparados com amostras de sangue já colhidas naqueles que reivindicam a filhação", explicou o juiz Rodrigo Cataldo, que responsável pelo caso.
Duas pessoas dizem ser filhos de Fangio: Oscar Espinoza e Rubén Vázquez, em causas separadas. "Tudo está acontecendo com a mais absoluta normalidade, e aguardamos os resultados dentro de 30 a 60 dias", explicou Oscar Scarcella, advogado de Espinoza. O piloto morreu no dia 17 de julho de 1995, aos 84 anos de idade. Ainda vivo, ele tinha doado todos seus bens à Fundação Museu Juan Manuel Fangio.
Representantes da Fundação também presenciaram a perícia, a convite do juiz Cataldo. Fangio nunca se casou ou reconheceu ter filhos, mas seu biógrafos relatam um romance de quase duas décadas com Andrea Berruet, mãe de Oscar Espinoza, que fez uma breve carreira na Fórmula 3. O lendário argentino começou sua carreira em 1948 e manteve por mais de quatro décadas o recorde de títulos na F1, antes de ser ultrapassado pelo heptacampeão Michael Schumacher, em 2003.
Fonte: AFP
