Corrida pela sobrevida no fundo do grid, ou a volta dos que não foram...

Corrida pela sobrevida no fundo do grid, ou a volta dos que não foram...

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O fundão do grid está num vazio tremendo nesta primeira semana da Fórmula 1 em 2015. Quem lutava a árdua batalha de se manter no grid agora ocupa apenas os bastidores, em conversas mal explicadas sobre espólios, renegociações de dívidas e compradores obscuros. Essa é a corrida dramática de Caterham e Marussia a dois meses do Mundial começar. E é impossível descartar que ambas estejam no grid, ainda que a tendência seja nenhuma.

Nesta quarta-feira, foi a Marussia (ou Manor, pelo nome de registro) que ganhou manchetes, ao pagar a inscrição para a temporada à FIA. Também anunciou, através da administradora financeira FRP Advisory, que existe um plano de longo prazo para garantir a recuperação financeira, já com as dívidas renegociadas. O comprador seria um certo Justin King, empresário que já foi até mesmo citado como possível sucessor de Bernie Ecclestone.

Mas pouca gente está lembrando que a Caterham se encontra no mesmo estágio de negociações e, inclusive, pagou a inscrição ainda em dezembro. O administrador, Finbarr O"Connell, afirmou em entrevista recente à NBC, que ainda existes possibilidade de vender o time para uma companhia que tenha condições de manter o projeto de Fórmula 1. "Tivemos interessados visitando a fábrica e muitos estão procurando formas de fazer funcionar. A gente tentará qualquer coisa para ter êxito", definiu.

De qualquer forma, o primeiro passo para ambas, será a aprovação pelos outros times para o uso do carro de 2014, ao menos nas primeiras provas do ano. Já tivemos caso semelhante com a Toro Rosso, na época em que os motores foram trocados de V10 para V8. Agora, o problema seria a aerodinâmica dianteira e o peso mínimo a questão a ser debatida.

O mais difícil, contudo, seriam os carros realmente irem para o grid com atraso de seis meses de desenvolvimento, já que existe a barreira dos 107% na classificação. Antes, ainda, precisam arranjar um motor. Supostamente, a McLaren estaria disposta a subsidiar parte do funcionamento de uma unidade Honda numa eventual Marussia, para ajudar a colocar quilometragem e resolver todos os problemas de instalação do novo propulsor. A Caterham, teria de negociar muito com a Renault para conseguir assinar um novo contrato de risco para a montadora francesa...

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