Desafio das Mil Milhas do Brasil tem até troca de protótipo para time e piloto gaúchos
Novíssima réplica Porsche da MC Tubarão teve quebra e time leva na última hora carro que estava em Campo Bom para Interlagos
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Em sua nova encarnação, as tradicionalíssimas Mil Milhas do Brasil terão mais uma edição neste fim de semana em Interlagos. A largada está marcada para sábado, às 23h, com previsão de um grid reforçado com carros de turismo, estilo Stock Car e protótipos. De olho num pódio, o gaúcho Mauro Kern vai disputar ao lado de Paulo Souza e Galid Osman, num protótipo P3 preparado pela MC Tubarão. Só que não exatamente o protótipo que o time esperava...
A ideia original do time era estrear um carro tubular inspirado no Porsche 914, mas um contratempo obrigou um novo desafio para a turma de Campo Bom. "Esse protótipo foi meu e depois passou para o Paulo, quando foi concluído o projeto para ter a frente do Porsche", explica Kern. "Ele tem a frente do carro inspiração e uma traseira bem mais aerodinâmica. Eu andei bastante e achei o carro muito gostoso. Bem equilibrado, forte, apesar de mais pesado que os protótipos abertos", elogiou o piloto.
"Infelizmente, contudo, a gente teve essa quebra. É um motor Honda, super robusto, mas tivemos um problema inesperado, que acontece num desenvolvimento de projeto", explicou. Sem conseguir o reparo em Interlagos, o pessoal da Tubarão foi encontrar a solução em casa, no Rio Grande do Sul. "Eles são incríveis para definir as coisas rápido. Enquanto a gente conversava o que fazer, um protótipo já estava vindo de Campo Bom", destacou Kern.
O carro será o MC Tubarão derivado dos MRX, que se sagrou campeão do Brasileiro de Endurance na classe P3. "Este também é o carro com o qual a gente venceu as 12 Horas de Tarumã alguns anos atrás. Então tem bastante memória, é um protótipo vencedor e que a gente já conhece", apontou Kern.
Sobre as Mil Milhas, o piloto celebrou a volta da corrida ao período noturno. "É mais tradicional e é uma experiência que todo mundo que curte automobilismo precisa ter", afirmou. "É mais difícil, pois nossa visão fica muito mais restrita, principalmente a periférica. Mas é um desafio muito bacana e que, no fim, todo piloto acaba curtindo", definiu.
"Como é uma corrida que dura quase um turno inteiro, a gente vai definir muitas possibilidades estratégicas, mas nada garante que vão funcionar do jeito planejado", ponderou Kern. "Pode vir um safety car às 10h da manhã, no finalzinho, e mudar tudo. Então a gente vai tocando conforme a música", projetou.