Entrevistas constrangidas escancaram, acabou o amor entre McLaren e Honda
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No te quiero mas Honda, pero no mucho... Foto AFP
Eles tiveram uma linda história de amor nos anos 80, ficaram anos afastados e resolveram voltar. Não deu muito certo, mas ainda tentaram reavivar a paixão com uma segunda lua de mel na América... Mas tudo indica que não era para ser. O amor acabou! Nesta quinta-feira, o piloto Fernando Alonso e o chefão Zak Brown escancararam o fim próximo entre McLaren e Honda.
Zak tentou projetar uma chance, ponderando que o "objetivo ainda é ser campeão com a Honda", mas pouco antes havia dito claramente. "Nossos executivos deram a ordem. Não podemos ter mais um ano assim, temos que tomar providências", comentou. E ainda deu detalhes dos desentendimentos nas quatro paredes da parceria. "A Honda perdeu prazos de atualizações, quando elas chegam não são o prometido. Eles trabalham duro, mas a F1 exige resultados."
Na coletiva, Alonso foi ainda mais claro sobre o que a parceria com os japoneses está fazendo para os Mclarianos... "Só renovo com a McLaren se estivermos em condições de vencermos corridas por setembro". Ou seja, não vai acontecer. Com um bom chassis, um dos melhores aerodinamiscistas do momento (Peter Promodou), a equipe está perdendo o melhor piloto do grid pela falta de um motor minimamente competitivo e que chegue no final de corridas.
A gota d"água, certamente, foi a pipocada nipônica para o GP do Canadá. Desde os testes de inverno a Honda tinha prometido uma nova e muito mais potente unidade motriz para Montreal. Na última sexta, em reunião que deveria definir os destinos da parceria, admitiu que não teria a atualização pronta no circuito que mais precisa de cavalos no motor.
Além de tudo, é uma parceira geniosa, que parece não ouvir os conselhos da McLaren. Desde a segunda metade de 2015, foi pedida a contratação de consultorias externas, europeias, que reavivassem o projeto Honda. Mas os japas não aceitaram, dentro da sua filosofia de que precisam desenvolver o know-how dentro do seu país e no seu método de evolução.
Tudo indica, que em 2018 apenas a Sauber terá motores Honda. A McLaren, por sua vez, segue tentando uma aproximação com a Mercedes. Talvez, inclusive, para antes do fim de 2017, numa última cartada para manter Alonso.