Há 30 anos, turbo não tinha frescura nos motores "granada" de 1.450 cavalos

Há 30 anos, turbo não tinha frescura nos motores "granada" de 1.450 cavalos

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Berger conseguiu domar o monstro no GP do México Berger conseguiu domar o monstro no GP do México


Para aguentar a potência, uma caixa de câmbio com relação especial de marchas e mais parecida com as marchas de um trator do que de um carro de corrida também tinha de ser instalada. Aí, Gerhard Berger tinha de se virar. Fazia uma volta bem lenta para não quebrar as engrenagens do câmbio, para depois ter uma chance apenas de colocar os 1.450 cavalos no chão. Era quase fórmula drift nas saídas de curva, um pesadelo para parar no fim das retas e um espetáculo de faíscas e fumaça. A relação peso/potência era de 2 mil cavalos por tonelada ao dispor do piloto, um verdadeiro toureiro no cockpit.

Na corrida, a potência baixava para "civilizados" 1.000 cavalos... Mas o chassis era difícil de dirigir, os pneus Pirelli nem sempre ficavam à altura dos Goodyear e a recompensa da ousadia da Benetton demorou. A primeira vitória veio apenas no GP do México, penúltima corrida do campeonato. Berger largou em quarto com o composto mais duro da Pirelli e, no calor mexicano, a borracha durou até o fim. Na bandeira quadriculada, liderou um pódio com ninguém menos que o eventual campeão de 1986 Alain Prost e Ayrton Senna.

A última "demonstração de força explosiva" foi registrada (e felizmente capturada em vídeo) no treino de classificação do GP da Austrália de 1986. Acompanhe abaixo a pilotagem no limite, e além, de Gerhard Berger.

https://youtu.be/9t4yfHfTfDs

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