Hamilton dá show na chuva e crava pole para o GP da Bélgica

Hamilton dá show na chuva e crava pole para o GP da Bélgica

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Lewis Hamilton deu show na chuva, deixou o favoritismo de Sebastian Vettel para trás e levou a pole-position para o GP da Bélgica. Sempre atrás nos treinos, o britânico da Mercedes mostrou seu talento em condições adversas para ser o primeiro colocado. Vettel ficou mesmo no segundo lugar, enquanto a novíssima Racing Point (Force India), lucrou com o chuvisco para ocupar a segunda fila. Esteban Ocon vai partir do terceiro lugar, com Sérgio Perez em quarto.

A chuva que todo mundo esperava para apimentar os treinamentos veio apenas para o Q3, talvez atrapalhando os planos da Ferrari que parecia ter boas sobras para a Mercedes. Apesar do chuvisco, contudo, a turma toda foi arriscar de pneus slick na primeira tentativa. Bottas foi o primeiro a visitar a grama e deu o sinal para muita gente voltar e colocar pneus intermediários.

Sérgio Perez tentou enfrentar a Eau-Rouge sem frisos e deu um show daqueles de salvar a pele. Escapou de traseira, foi fazendo drift de olho na mureta a 200 por hora e, no último instante, conseguiu recuperar e puxar o carro para a pista.

O primeiro a completar volta foi Ricciardo, mas com uma excursão fora do traçado. Verstappen fez malabarismo para virar 2min02s, mas Raikkonen sambando na Bus Stop foi melhor. Uma mistura de sujeira e água complicava a vida, sem um trilho óbvio na pista. Vettel driblou melhor os obstáculos e fez a marca mais rápida. Hamilton tinha uma volta potencial para competir pela pole, mas perdeu a freada no último setor e escapou na grama.

Só que a pista foi melhorando e Hamilton tinha mais uma chance. Correndo todos os riscos e com a traseira querendo passar a frente a todo momento, Hamilton foi lá e fez. Baixou cinco segundos da sua melhor marca e virou 1min58s, quase tudo tirado no último setor para cravar a pole-position. Vettel, que deveria estar lá, perdeu muito no segundo setor e ficou mesmo no segundo posto. A surpresa foi a Racing Point (Force India). Saindo apenas no fim, Esteban Ocon fez o terceiro tempo, enquanto Sérgio Perez foi o quarto.

Quem saiu muito cedo ficou para trás, com Romain Grosjean em quinto, Raikkonen em sexto. Atrás deles, Max Verstappen, Ricciardo e Kevin Magnussen, com Valtteri Bottas apenas em décimo.

A altíssima velocidade de Spa-Francorchamps fez mal para os motores Renault, no geral. A Red Bull foi um pouco melhor com um novo combustível da sua fornecedora garantindo uns cavalinhos extras. McLaren e a própria equipe da montadora francesa sofreram para manter um ritmo similar ao resto do meio do pelotão. Nico Hulkenberg até conseguiu um 13º posto, mas Carlos Sainz foi degolado ainda no Q1 e os carros laranja nem tiveram chance.

Fernando Alonso tentou duas vezes, abusou da zebra, retardou freada na Bus Stop, mas não conseguiu nenhum milagre. Foi o 17º e ficou na primeira parte da festa, mesmo colocando quase meio segundo para cima do companheiro de equipe. Stoffel Vandoorne, por sinal, conseguiu perder para as duas Williams. Pela primeira vez na história, McLaren e Williams fecharam as duas últimas filas do grid.

Quem embalou foi toda a turma com motores Ferrari, Charles Leclerc deu show com a Sauber para fazer o oitavo tempo, com Marcus Ericsson em décimo. Romain Grosjean e Kevin Magnussen também passaram fácil com a Haas, enquanto Kimi Raikkonen foi o líder com boa vantagem para as Mercedes.

No Q2, sobrou a turma da Honda, que também não tem lá toda essa potência. Mas o culpado principal para isso foi Brendon Hartley. Na segunda tentativa das Toro Rosso, ele rodou em pleno grampo de Spa e causou bandeira amarela imediatamente na frente do companheiro Pierre Gasly. Garantiu assim, que nenhum melhoraria volta, com os 11º e 12º lugares.

O brilho das Sauber durou pouco, com Leclerc e Ericsson relegados ao Q2, bem longe da performance dos ponteiros, enquanto Hulkenberg nem foi para a pista ver qual é, na asmática Renault. Passaram as duas Racing Point (Force India), num circuito que sempre fez bem para essa turma, assim como as duas Haas e a turma dos grandões que sempre chega lá.

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