Hamilton domina um apagado Bottas e vence o GP da Bélgica de Fórmula 1

Hamilton domina um apagado Bottas e vence o GP da Bélgica de Fórmula 1

Destaques no pelotão foram Ricciardo em quarto e um combativo Gasly em oitavo

Bernardo Bercht

Mercedes mudou acerto para poupar pneus e não deu chances à Red Bull

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Achuva não veio, ninguém conseguiu se aproximar do seu desempenho e Lewis Hamilton dominou de ponta a ponta o GP da Bélgica de Fórmula 1. O britânico disparou ainda mais no campeonato sem que seu companheiro Valtteri Bottas esboçasse qualquer reação em Spa-Francorchampa. Max Verstappen, que esperava incomodar, perdeu tempo na largada e teve que se contentar com o terceiro posto. O destaque acabou sendo Daniel Ricciardo, com uma performance consistente da Renault em quarto.

As duas Mercedes largaram forte, Bottas tracionando um pouco melhor que Hamilton, mas mantendo posições. Verstappen foi um pouco pior e ficou à mercê do embalado Ricciardo. Foi um bom duelo de vácuo entre os dois ex-companheiros Eau-Rouge acima, até a freada do setor 1. A Renault chegou a frear na frente pela linha interna, mas a Red Bull deu o troco. As Mercedes agradeceram e abriram na frente.

Lá atrás, Leclerc tinha feito uma largada brilhante, de 13º para oitavo na Ferrari. O problema, é que a falta de potência nas retas parecia um freio de mão puxado. Todo mundo passou de volta até ele cair a 12º. O nome da corrida, então, era Pierra Gasly com pneus duros. A AlphaTauri mostrava força e ele passou muita gente até alinha em sétimo.

Só que na volta 12 Antonio Giovinazzi errou no começo do terceiro setor e estampou o muro, atravesando a pista. Uma das rodas se soltou e deu em cheio no carro de George Russell. Resultado, uma Alfa Romeo e uma Williams destruídas, safety car acionado.

Apenas Gasly e Perez tentaram algo diferente, ficando na pista, enquanto o grid saltou em massa para os pits e calçou pneus duros. A exceção, Alex Albon, que escolheu os médios para atacar. Restava saber se a borracha iria aguentar até o fim.

Veio a relargada e Bottas sequer fez menção de atacar Hamilton, que começou a disparar. Atrás, a turma teve que ir para cima da AlphaTauri e da Racing Point. Perez foi presa mais fácil, com pneus macios, Gasly ofereceu mais resistência, mas eventualmente teve que fazer sua troca. Quem fazia boa corrida era Kimi Raikkonen, passando Sebastian Vettel para entrar na zona dos pontos.

Na briga pela liderança, os pneus duros claramente funcionaram melhor para Hamilton que abriu quatro segundos com facilidade. Verstappen tentou pressionar Bottas e descontou para 1,5s, mas eventualmente sua borracha também gastou.

Lá de trás, Perez e Gasly começaram a jantar o pelotão com os pneus bem mais novos. Leclerc arriscou parar uma segunda vez e se condenou a brigar por posição com as Haas. Vettel não tinha um dia muito melhor, segurando as duas Haas...

A verdade é que o safety car nivelou todo o grid e pouca gente teve condição de atacar, com os pneus muito desgastados. Perez e Gasly tiraram o coitado do Raikkonen dos pontos e, eventualmente brigaram entre si. O piloto da AlphaTauri passando a Racing Point, claramente com mais ação.

Enquanto todos os três primeiros reclamavam dos pneus, a Renault acordou nas voltas finais. Daniel Ricciardo descontou 12 segundos de diferença para Verstappen, fez a volta mais rápida da prova e chegou na mesma foto do pódio, só que em quarto, atrás do holandês. Esteban Ocon foi para cima de Alex Albon e faturou o quinto lugar na última volta.

Disparado na frente, Hamilton dessa vez conseguiu cruzar a linha de chegada com os quatro pneus inflados e venceu. Bottas não teve qualquer chance em segundo, com Verstappen em terceiro.

Entre os pontuadores, Lando Norris fez uma corrida solitária para ser o sétimo, com Gasly em oitavo, Stroll em nono e Perez levando o pontinho final.

 

 


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