Hamilton vence GP da Árabia marcado por manobras polêmicas de Verstappen e erros da direção de prova

Hamilton vence GP da Árabia marcado por manobras polêmicas de Verstappen e erros da direção de prova

Britânico conseguiu tomar a ponta no fim, após sequência de decisões ruins de Michael Masi e companhia

Bernardo Bercht

Hamilton e Verstappen chegam empatados na decisão, após corrida polêmica

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Lewis Hamilton consertou o que a direção de prova, Max Verstappen e a complicada pista da Árabia Saudita passaram o domingo tentando esculhembar: a disputa do Mundial de F1 de 2021. O britânico teve azar com a bandeira vermelha, viu o rival fazer três manobras irregulares e só com uma insistência na troca de posições no fim levou a vitória em Jeddah. Max manteve o campeonato empatado em pontos com o segundo lugar, enquanto Valtteri Bottas passou o sortudo Esteban Ocon na reta final para completar o pódio.

A largada inicial parecia indicar uma prova mais protocolar, com as Mercedes disparando na liderança e Max tentando seguir em terceiro. Lá atrás, Fernando Alonso fez uma grande primeira volta com quatro ultrapassagens e entrou na zona de pontos. Ocon, também com ótima largada, subiu para sétimo e indicava um bom dia para a Alpine. Faltava motor para os franceses o que iria cobrar um pódio no fim e as posições de Alonso ainda antes da primeira bandeira vermelha.

Sim, depois de 14 voltas, Mick Schumacher acertou o muro. Veio o safety car e, apesar do conserto não ter demorado tanto, a direção de prova acionou a vermelha para limpar a pista. A Mercedes tinha decidido parar no box com os dois carros, enquanto a Red Bull ficou na pista. Com a prova interrompida, ganharam um pit-stop grátis. Ocon também ficou na pista e apareceu em terceiro, lucrando muito com a decisão

Max partiu da pole, mas Hamilton largou bem melhor e atacou por dentro. O holandês usou a parte externa, atravessou a zebra e tampou o caminho do rival. Ocon aproveitou para passar Hamilton. Lá atrás, Nikita Mazepin acertou o muro e causou nova paralisação. No hiato, fartas discussões de rádio e a polêmica. Michael Masi ofereceu para a Red Bull colocar Max em terceiro, sem punição. Os energéticos prontamente aceitaram, calçaram pneus médios e foram para o lado limpo do grid.

A Mercedes largaria do lado sujo, com Ocon presenteado com a pole. Na arrancada, ambos patrolaram a Alpine, mas Max se atirou por dentro, Ocon atravessou a pista e teve que entregar a liderança. Mais duas voltas e Hamilton conseguiu superar o francês para ir à caça de Max.

Toda vez que se aproximava, pedaços de carro pela pista obrigavam safety car virtual. Mas o ataque viria e quando o britânico colocou por dentro, Verstappen de novo não fez a curva e espalhou. Ambos foram para fora. A direção pediu para entregar a posição e Max ao invés de ceder, fez um brake test, tirando o pé com Hamilton no vácuo. Ele ainda conseguiu desviar no último momento, mas quebrou um pedaço do aerofólio. Ainda assim, manteve  a pressão. Verstappen de novo fez de conta que dava lugar, para em seguida retomar a posição. Só na terceira ordem da equipe o holandês entregou a posição.

Depois disso, Hamilton arrancou para a vitória, mesmo com o carro danificado. O resultado consertou o campeonato, com ambos empatados para a decisão, só que a corrida em si ficou muito manchada pelas decisões externas, quando deveria ter sido um grande espetáculo. O showzinho ficou por conta do passão de Bottas sobre Ocon, em cima da linha de chegada, para tirar o pódio do francês.

Entre os pontuadores, Daniel Ricciardo lucrou por não parar como Ocon para ser o quinto, finalmente voltando a ter um dia feliz com a McLaren. Pierre Gasly pontuou com a AlphaTauri, mas pouco para brigar nos construtores com a Alpine. O sétimo foi Chrles Leclerc, depois de uma batalha bem renhida com o companheiro de Ferrari Carlos Sainz. Antonio Giovinazzi ganhou dois pontos de presente de despedida para a Alfa Romeo em nono, com Norris completando o top ten.


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