Indianápolis vive expectativa das 500 Milhas em sábado de ensaios e lembrar história

Indianápolis vive expectativa das 500 Milhas em sábado de ensaios e lembrar história

Calmaria antes da tempestade de motores tem calor e filas para autógrafos e museu

Bernardo Bercht

Museu concentra atenções e tem enorme fila no sábado pré-corrida

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A calmaria antes da tempestade... Esta é a atmosfera do sábado, também conhecido como Legends Day, nas 500 Milhas de Indianápolis. Claro que a pista fica cheia de gente, muito por conta da mega sessão de autógrafos com os pilotos; mas quando as estrelas partem para a parada na área central da cidade, o burburinho de atividade de equipe e o ronco dos motores some.

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Um pouco antes, a pilotada ainda se apresenta para o briefing público, onde a direção de prova transmite as coordenadas para uma corrida desportiva e segura. Na fila para a apresentação de cada um, muita resenha. Scott Dixon, Tony Kanaan e Hélio Castroneves, com vitórias e toneladas de experiência, são os mais procurados. No meio das trocas de informação, Pato O'Ward grava vídeos para suas redes sociais fazendo perguntinhas 8 ou 80 para cada piloto. Na mais "picante delas", Alex Rossi cuspiu seu café em risadas: "Andretti ou McLaren?" Prestes a ser apresentado como companheiro de Pato, não conseguiu responder...

Depois, a turma toda segue para o desfile sobre os carros conversíveis. É uma chance de espiar nas portas das garagens do Gasoline Alley, com quase nada de público e movimentação. Capturar aquele detalhe da mecânica ou aerodinâmica, falar com algum membro de equipe. Está lá, o carro reserva de Colton Herta, pronto para a corrida após ele estampar o principal no muro. Uma visita à Juncos Racing permite ver os detalhes dos flaps anticapotamento que evitaram um acidente mais feio, exatamente de Herta.

Já do meio para o fim da tarde, começam os ensaios na reta para a cerimônia de abertura do domingo. Um gurizão de camisa vermelha e boné aparece no telão com a legenda "Roger Penske"... Está preparando a marca para o cameraman, na hora do discurso do chefão e dono da Indy 500. No fundo, o sistema de som executa "Back Home Again Indiana". No alto, os aviões militares cruzam zunindo, com sua fumaça, em rasante sobre a pista.

Com a parte interna da pista aberta somente a funcionários e jornalistas, a movimentação de concentra toda no entorno do museu, onde estão os carros históricos, revolucionários e campeões. A fila é gigantesca, não apenas para entrar, mas também para a lojinha de souvenir. Os carrinhos de Jimmie Johnson e Hélio Castroneves seguem vendendo bem, a 10 dólares.

A turma que aguarda o ronco dos motores já acha 24ºC calorão. Procura uma sombrinha ao lado do museu. Uns mais exaltados, entraram na fonte e molham os pés ao lado da escultura de pedra que homenageia A.J. Foyt e seu carro vencedor nos anos 70.

Antes das luzes se apagarem, os motores rugem uma última vez. Mas não são os da Fórmula Indy. O Pace Car e seu reserva fazem testes na pista para ver se está tudo ok para o show principal. Vão ficar guardados na garagem, aguardando, como milhões de pessoas, em Indiana e no mundo, o grito de: "Start your engines!"


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