Leclerc domina GP da Austrália e dispara na liderança da Fórmula 1

Leclerc domina GP da Austrália e dispara na liderança da Fórmula 1

Outro grande nome da prova foi Alex Albon, que marcou ponto com tática genial da Williams

Bernardo Bercht

Monegasco disparou na tabela de pontos

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Uma corrida com várias alternativas táticas, algumas ultrapassagens, mas acima de tudo domínio pleno de Charles Leclerc. O piloto da Ferrari venceu com autoridade o GP da Austrália, neste domingo, e disparou na liderança do campeonato. Se mantiver esse ritmo, o campeão de 2022 pode vir bem mais cedo e com menos drama que o ano passado. Sérgio Perez aproveitou os problemas de Max Verstappen para ser segundo e George Russell lucrou imensamente com o safety car para ser terceiro com a ainda problemática Mercedes.

Numa largada sem muitas intercorrências, o grande pulo foi de Lewis Hamilton, que certeiro foi de quinto para terceiro para colocar as flechas de prata no jogo. Lá atrás, Sainz teve uma arrancada horrorosa, caiu para o fim do pelotão e rodou quando tentava se recuperar, ficando atolado no esse de alta. Lance Stroll aproveitou o safety car para botar médios e, depois voltar aos duros para tentar ir até o fim sem trocar com a Aston Martin.

Na relargada, Fernando Alonso foi para cima de Pierre Gasly e conseguiu superar a AlphaTauri para perseguir Valtteri Bottas e Esteban Ocon. As McLaren faziam uma corrida de duplas no quinto e sexto postos, mas sem ameaçar o resto da turma. Perez conseguiu usar a maior velocidade da Red Bull para passar Hamilton.

Vieram os pit-stops, com Ocon, Verstappen e Hamilton abrindo os trabalhos. Logo depois, Sebastian Vettel perdeu o controle da Aston Martin de forma espalhafatosa e provocou novo safety car. Foi uma enorme sorte para Russell que superou Hamilton e Perez depois de seguir o colega de longe a prova toda. O mais azarado por muito foi Alonso, que fazia excelente corrida de recuperação, mas não foi chamado aos pits pela Alpine, num erro tático.

Já a mais brilhante foi a Williams. Manteve Alex Albon fora com os pneus duros, mas com uma estratégia super esperta de seguir até o fim da corrida com eles.

Veio a relargada, com Perez e Hamilton logo superando Alonso e seus pneus desgastados. Ainda assim, o espanhol conseguiu segurar o resto da turma atrás antes de parar. Leclerc aguentou um ataque total de Verstappen, que chegou a botar de lado com a asa aberta. Depois, disparou na liderança sem ser ameaçado de novo.

Quando a prova parecia se aquietar rumo ao fim, Verstappen parou com um vazamento de gasolina, gerando um safety virtual. Alonso por fim parou e calçou pneus médios para tentar uma escalada muito difícil aos pontos. Para piorar, surgiu atrás de um pelotão entalado atrás de Stroll. Com isso, todos tinham asa móvel e o espanhol não conseguia aproveitar nas retas para passar, desgatando os pneus menos resistentes enquanto atacava. Ele até deu o bote em Zhou e Mick Schumacher. Quando pressionava Bottas e Stroll, contudo, a borracha acabou.

Stroll fez de tudo para manter a turma atrás, mas enfim os pneus acabaram e foi superado. Lá na frente, contudo, Ocon num dia de pouquíssima inspiração e sempre mais lento que a outra Alpine não conseguia passar Albon, mesmo o rival tento o pneu 40 voltas mais desgastado.

Leclerc cruzou a bandeirada soberando e mais líder do que nunca, com 71 pontos contra 38 de Perez. Atrás, Hamilton reduziu uma diferença de 3s para 1,2s, mas a Mercedes decidiu terminar a corrida em formação, com Russell na frente. As McLaren somaram ótimos pontos com Norris à frente de Ricciardo e o sortudo Ocon cruzou em sétimo. O oitavo foi o batalhador Bottas, com Gasly também num justo nono posto.

Por fim, a genial Williams. O time britânico manteve Albon na pista até Leclerc dar uma volta em Bottas e Gasly. Com isso, ao parar, não podia mais ser ultrapassado pelos retardatários, cumpriu a regra de usar dois compostos de pneus e apenar completou a corrida para um pontinho improvável a essa altura do campeonato.


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