Leclerc prova força da Ferrari e crava pole para o GP do Bahrein de F1

Leclerc prova força da Ferrari e crava pole para o GP do Bahrein de F1

Classificação teve batalha intensa com a Red Bull e surpresas da Alfa Romeo e da Haas

Bernardo Bercht

Monegasco devolve Scuderia à pole após três anos

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È tornata! Ela está de volta, a Scuderia mais famosa do mundo mostrou força na nova Fórmula 1. Charles Leclerc levou a melhor numa luta acirradíssima com Max Verstappen e colocou a Ferrari na pole-position, que não vinha desde 2019. O monegasco cravou 1min30s558 para liderar um treino que mostra uma categoria bem diferente. Carlos Sainz completou os três primeiros, um décimo atrás do melhor tempo.

Sérgio Perez não esteve tão confortável quanto Max e fechou a segunda fila com o quarto tempo, um pouco mais distante dos ponteiros. Atrás dele, Lewis Hamilton fez o possível, com muito esforço para colocar a instável Mercedes no quinto lugar, já com 1min31s238.

Atrás do heptacampeão, começaram as surpresas, que em breve deve virar costume. Com o poderoso motor Ferrari, Haas e Alfa Romeo fizeram carros competentes e entraram no Q3, cada uma com um piloto. Valtteri Bottas teve o gostinho de superar uma das Mercedes e vai partir de um ótimo sexto posto. O sétimo lugar ficou com o ressurgido Kevin Magnussen, mesmo lutando com problemas na direção hidráulica da Haas.

Em oitavo, "El Plan" começou dentro dos trilhos, mas um pouco mais atrás do que esperava. Fernando Alonso colocou confiante a Alpine no Q3, mas deu uma erradinha na sua volta e partirá no oitavo lugar. Fechando a turma do Q3, George Russell não conseguiu tirar da cartola um tempo como o de Hamilton e vai partir em nono com a outra Mercedes, à frente de Pierre Gasly que puxou a AlphaTauri pelas crinas para ser décimo.

A "bagunça" começou já no Q1, com muitos times mostrando força para avançar e um meio do pelotão apertadíssimo. E nada distante dos primeiros colocados também! Ou seja, todo mundo teve que trabalhar. Quem ficou bem fora da briga foi a Aston Martin, está claro que o time vai ter que trazer um novo pacote aerodinâmico para sair do fundo do grid.

Nico Hulkenberg ainda mostrou competência para botar o carro em 17º, mesmo sem quase nada de experiênia. A Williams também mostrou performance um pouco abaixo, mas deu a chance de um ótimo Alex Albon botar o carro no Q2, isso porque Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda estavam apagadíssimos e também bailaram na primeira fase dos treinos.

Veio o Q2, e a disputa apertou mais ainda, com Bottas e Magnussen já brilhando e incomodando a turma da frente. A dupla colocou os carros sem maiores problemas no Q3, mas seus companheiros de equipe acabaram desapontando. O novato Guanyu Zhou foi apenas 15º, enquanto Mick Schumacher errou no segundo setor, saiu da pista e ficou em 12º. Os degolados mais insatisfeitos, porém, foram Esteban Ocon, em 11º com a Alpine; e Lando Norris em 13º com a apagadíssima McLaren.

Verstappen liderava na altura do Q2, mas aí veio o momento de decidir a pole a valer. E a Ferrari brilhou. Leclerc precisou da segunda tentativa, nem chegou a fazer os três melhores setores, mas no conjunto da volta bateu a carteira de Verstappen. O holandês melhorou o que dava, mas não conseguiu exercer o favoritismo e ficou em segundo. Sainz foi quem melhorou menos e ainda assim não levou a pole por muito pouco.


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