Leclerc vai no talento e na sorte para cravar pole do GP de Singapura

Leclerc vai no talento e na sorte para cravar pole do GP de Singapura

Monegasco fez tudo certinho e contou com problema de Verstappen no fim para largar na frente

Bernardo Bercht

Monegasco larga na frente, com Perez em segundo

publicidade

Charles Leclerc mandou ver no talento e na sorte neste sábado em Singapura. O piloto da Ferrari conseguiu fazer a pole-position na hora certa da pista e contou com um problema de Max Verstappen, que iria atropelar na sua última tentativa, para largar na frente. Sérgio Perez encaixou uma volta certinha para ser segundo, enquanto Lewis Hamilton liderou em vários momentos e finalizou em terceiro para a Mercedes.

Vamos falar de Verstappen e Red Bull, então. Com a pista secando no fim, o holandês tinha tudo para cravar a pole com mais de um segundo, mas no último setor foi chamado aos pits. Max encheu o rádio de palavrões, Christian Horner apenas disse: "Vamos conversar depois". Tudo indica que o carro ia ficar sem gasolina suficiente para a amostragem pós-treino, o que resultaria na sua desclassificação. Por conta disso, Verstappen largará em oitavo.

Voltando para o começo das atividades, o Q1 ainda tinha a pista bem molhada e todo mundo de pneus intermediários. No balé em que todo mundo fazia volta atrás de volta para achar aderência, Hamilton terminou na frente com boa margem. A luta principal era no fundo do pelotão.

As duas McLaren, Valtteri Bottas, as Haas e Esteban Ocon não tinham qualquer margem para evitar a degola. Lando Norris conseguiu nos derradeiros segundos um tempo para avançar em 15º. Daniel Ricciardo estava até melhor, mas uma bandeira amarela causada por Mick Schumacher fez ele tirar o pé e acabar eliminado. Esteban Ocon, muito lento com a Alpine e reclamando do equilíbrio, foi apenas 18º; com Bottas frustrado em 16º ao registrar seu tempo ainda com a pista mais molhada.

O Q2 começou a entrar na mente da galera, se já era hora de arriscar os pneus slick. A maioria da turma, porém, escolheu os intermediários. No meio do treino, a Aston Martin chamou Lance Stroll e Sebastian Vettel para arriscar. Erraram, mas por pouquinho.

Enquanto todo mundo melhorava, com destaque para as duas AlphaTauri, as Aston balançavam para tudo que é lado, sem conseguir a temperatura certa para o pneu funcionar.

Mas nem foram eles os protagonistas da frustração, acabou sendo George Russell. O britânico não encaixou nada, enquanto Hamilton fazia o segundo posto. Acabou degolado com a 11ª colocação. E a turma de verde? Stroll melhorou muito no último setor, mas ainda faltou tempo. Vettel tinha uma chancezinha com os pneus cada vez mais aquecidos, mas arriscou tudo, perdeu a freada e acabou saindo da pista.

Avançaram os suspeitos usuais de Red Bull e Ferrari, Hamilton, Alonso, Norris, o surpreendente Kevin Magnussen com a Haas e as duas AlphaTauri.

O Q3 foi aquele xadrez de quem abriria a última volta com a pista mais seca. Hamilton já chegou chegando com voltas 1 segundo mais rápidas que os demais. A Mercedes mordendo as curvas confiante. Verstappen e Leclerc, porém, gradativamente iam escalando. Alonso foi outro que por duas vezes emplacou a volta mais rápida, ainda que por instantes.

Quando todo mundo se encaixou, Charles Leclerc liderava, com Perez em segundo. Max, numa volta que seria pole por milésimos, tirou o pé para abrir uma ainda mais rápida. Hamilton beliscou, mas foi terceiro. Aí veio o drama definitivo. Verstappen fez um primeiro setor ruim, mas baixou 0,9s no segundo em relação a Leclerc. A pole seria protocolar, pois ele vinha ainda melhor na última parte. A três curvas da pole, contudo, Horner mandou um "box, box, box". Tudo acabado, Max mandando palavrões sem entender e poucas explicações.

Festa da Ferrari, sorrisos contidos da Mercedes e Sérgio Perez daquele jeitão de furão de festa. Vai render o GP de Singapura!


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895