Maior lenda da F-1, Juan Manuel Fangio completaria 104 anos neste 24 de junho

Maior lenda da F-1, Juan Manuel Fangio completaria 104 anos neste 24 de junho

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Depois de respirar um pouco no pódio, o próprio Fangio descreveu com surpresa que tinha chegado ao seu limite: Hoje fiz coisas que jamais fiz numa pista, e não quero nunca mais ter de pilotar assim. Estava preparado para fazer tudo o que fosse necessário. Eu atingi os meus limites de concentração e de determinação para ganhar. Até esse dia, nunca tinha levado o carro ou a mim próprio a tais limites. Jamais tivera coragem para chegar tão longe. Durante dois dias não consegui dormir.

O amigo e companheiro de equipe por diversas temporadas, Stirling Moss  definiu: "Essa foi talvez a maior performance de todos os tempos. Sei o quanto a palavra incrível é desvalorizada hoje em dia, mas o que Fangio fez naquele dia foi isso mesmo".

Esse arrojo foi inspiração para muitos, mas particularmente para Ayrton Senna, que nutriria uma relação de amizade com o "velho senhor das pistas". Em 1990, o tricampeão mundial do Brasil pediu para visitar o ídolo argentino na Argentina. Dali nasceu um diálogo que seguiu até o final da vida de Senna, em 1994.

Em 1993, o momento mais emocionante entre os dois: Senna venceu o GP do Brasil e Fangio foi escolhido para entregar o troféu. Em meio ao protocolo do pódio, o brasileiro pulou do degrau mais alto e abraçou o argentino, sob os olhos do futuro grande campeão, Michael Schumacher, terceiro naquela corrida.

Fangio morreu dois anos depois, em 1995. Ele já sofria complicações de doença renal desde o final dos anos 1980. Internado longe de sua Balcarce, na capital Buenos Aires, seus desejos foram cumpridos e o corpo sepultado na cidade natal.

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