Marcas confirma regulamento com rodas aro 14 e volta do "troféu bigorna"

Marcas confirma regulamento com rodas aro 14 e volta do "troféu bigorna"

publicidade


Depois de dois anos de transição, o Marcas & Pilotos RS terá... mais um ano de transição... A Federação Gaúcha de Automobilismo (FGA) divulgou o regulamento para a temporada 2013 que indica, além da anunciada troca para rodas aro 14, um retorno para os moldes de competição de 2010. Sai a Fate/Zé Pneus  e retorna Pirelli/Excelsior. O grande retorno, contudo, é do troféu bigorna na tentativa de garantir vencedores diferentes e equilibrio na competição. O vencedor levará 50kg, o segundo 30kg e o terceiro 20kg. Quando chegarem além do quarto lugar, os competidores "descarregam" o peso.


A medida que causou controversia, pela tentativa de ser imposta no meio da temporada 2012, agora já começa o ano regulamentada com o abandono da inversão de grid dos oito primeiros que foi utilizada em 2012. A noção aplicada é que o certame fica monótono pelas equipes com mais condições de investir no acerto do carro ganharem corridas de forma repetida.  Neste caso, vale citar que em 2012 apenas um piloto conseguiu duas vitórias seguidas no final de semana. O vice-campeão Luiz Carlos Ribeiro faturou  a rodada dupla em Tarumã, válida pela quinta etapa do campeonato, com seu Fiat Uno.

O contraponto, contudo, é que foram apenas seis vencedores diferentes no geral, em uma categoria com mais de 50 pilotos durante o ano. Também vale o argumento de que mesmo largando em oitavo, os vencedores da primeira bateria usualmente conseguiam aproveitar o bom acerto do carro para brigar por posições de pódio na corrida dois de cada final de semana.

Contra o lastro, pesa a questão de segurança levantada por muitos pilotos desde 2011. O vencedora da etapa anterior, que levará 50 quilos de lastro, carrega um bloco de chumbo ou ferro fundido ao seu lado numa corrida. Ainda que a peça tenha critérios de fixação para garantir a segurança, numa batida mais forte sempre existe a possibilidade de se soltar e virar um projétil que ameaça a integridade física do piloto. Outros ainda apontaram a necessidade de trabalhar o acerto do carro com o peso extra, o que aumenta os custos e também possibilita às equipes que investem mais ganharem vantagem trabalhando já com o equipamento pesado para estarem prontos nas etapas que carregarem lastro.

Listados prós e contras, é necessário reconhecer que as rodas aro 14 são um acréscimo de desempenho e segurança para as provas, ainda que vá incorrer em novos custos e investimento no acerto para as equipes. As tomadas de curva instáveis das rodinhas 13 devem ter fim, com o carro mais na mão possibilitando bons duelos por posição nas corridas e, quem sabe, diminuindo os acidentes, ainda que isso também dependa do fim dos toques exagerados por parte dos pilotos.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895