Morre aos 92 anos o Barão Wilson Fittipaldi, pioneiro do automobilismo do Brasil

Morre aos 92 anos o Barão Wilson Fittipaldi, pioneiro do automobilismo do Brasil

publicidade



O automobilismo brasileiro perdeu talvez sua figura mais importante nesta segunda-feira. Morreu Wilson Fittipaldi, o Barão, pai de Emerson e Wilsinho e incentivador dos dois desbravadores que levaram o Brasil até as corridas mais importantes da Europa. Wilson foi o primeiro grande narrador de corridas de automóvel do Brasil, um dos idealizadores das Mil Milhas Brasileiras e fundador da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Ele estava internado desde 25 de fevereiro por problemas respiratórios e morreu da agravação deste quadro no Hospital Copa D"Or no Rio de Janeiro.

O piloto italiano Max Papis, marido de uma das netas do Barão, foi um dos primeiros a informar o falecimento no Twitter. Posteriormente, o próprio Emerson confirmou o falecimento e colocou uma sequência de mensagens emocionadas na internet. "O Brasil e o automobilismo perderam essa pessoa que tanto amou esse esporte fantástico", salientou o ex-piloto. "Graças a ele entrei nesse esporte que amo muito para o resto da minha vida. Devo tudo ao meu pai e minha mãe por terem me levado a esse esporte. Amo muito meu pai, nosso patriarca", lembrou Emerson.

"Ontem falei no ouvido do meu pai da linda família que ele formou, e que todos nós estávamos torcendo e orando para que ele melhorasse, e que Deus sempre amou nossa família e ele também", acrescentou o bicampeão de Fórmula 1. "Foi nesse momento que ele, pela primeira e única vez desde que está internado, abriu os olhos, balançou a perna, movimentou a boca, era um sinal de amor para essa família grande e querida. Eu, a Rossana e a Tania ficamos muito emocionados", contou o ex-piloto.

Foi por influência do Barão que Emerson e Wilsinho começaram a se dedicar às corridas, primeiro nas motocicletas e nos karts e, posteriormente fabricando os próprios chassis de Fórmula Vee e os testando. Das vitórias e derrotas nas Mil Milhas criadas pelo pai surgiu o conhecimento mecânico e técnico que permitiu aos dois irmãos colocarem para valer o Brasil no mapa da Europa, primeiro com Emerson como piloto e, depois, com Wilsinho como construtor.

O Barão teve a emoção de narrar para todo o País o primeiro título mundial de Fórmula 1 com Emerson, a bordo da Lotus em 1972. Ainda viu Wilsinho e o irmão conseguirem os primeiros pódios de uma equipe brasileira no topo do automobilismo, os únicos até hoje, com a equipe Fittipaldi.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895