Muito mais que virar para esquerda e direita: a evolução do volante de Fórmula 1

Muito mais que virar para esquerda e direita: a evolução do volante de Fórmula 1

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A evolução da Fórmula 1 se traduz no cronômetro, na aerodinâmica e na aparência dos carros. Pois a direção também mudou de maneira dramática ao longo das décadas. Um comparativo da própria McLaren deixa evidente as transformações no principal instrumento de trabalho do piloto.

O primeiro volante da lista é do carro de Bruce McLaren, o M7C de 1969. A função é exatamente girar para a direita e esquerda, com um revestimento emborrachado que não escorregue. A seguir, temos o equipamento de Emerson Fittipaldi e seu  M23 campeão do mundo em 1974.  A filosofia ainda é apenas fazer curvas, mas foi acrescentado o primeiro dispositivo de segurança: um interruptor para desligar o motor em casos de pane, como um acelerador travado ou acidente, por exemplo.

Pulando para 1988 o salto seria gigantesco então? Nada disso, a direção do temido MP4/4 que deixou de ganhar apenas uma corrida nas mãos de Ayrton Senna e Alain Prost é um exemplo de simplicidade. O formato redondo permanece e o couro deu lugar à espuma. Temos dois botões, um para o rádio e o outro para regular a pressão do turbo.

A nova geração chega para valer no fim dos anos 90, com um ar legítimo de videogame. Entre botões, alavancas e potenciômetros, são 17 comandos no volante do MP4/14 de Mika Hakkinen, em 1999. Ainda está lá o rádio, um singelo botão branco para hidratação, o essencial limitador de velocidade no Pit e, a partir daí, segredos. São diversas configurações para regular controle de tração, freio, torque, relação de marcha entre outros que apenas pilotos e engenheiros ficaram sabendo.

A penúltima geração segue o embalo, com o MP4/23 de Lewis Hamilton faturando o título de 2008 mantendo os 17 botões e alavancas. As funções foram multiplicadas, entretanto, com as interfaces digitais no painel acoplado ao cockpit. É para isso que servem os botõezinhos verdes de cada lado, passando menus no display a partir da orientação dos engenheiros dos boxes.

Em 2014, o display pulou do cockpit para a direção. Com os novos propulsores cheios de regulagens eletrônicas, as informações precisam pular aos olhos dos pilotos para evitar erros e facilitar o acesso. Temos um recorde de 20 botões e alavancas para ajustar todas as funções e, no meio disso tudo, Jenson Button e Kevin Magnussen ainda precisavam pilotar um carro de corrida, além de fazer ultrapassagens!

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