O desafio máximo da Fórmula 1: quanto viraria a Mercedes de Hamilton em Tarumã?

O desafio máximo da Fórmula 1: quanto viraria a Mercedes de Hamilton em Tarumã?

publicidade



O PitLane fez um exercício científico e matemático para revelar uma curiosidade ocasional de quem curte o esporte a motor no Rio Grande do Sul. Quão rápidas seriam as principais categorias do automobilismo mundial se viessem correr em Tarumã? Que tempo viraria o inglês Lewis Hamilton em sua Mercedes domando Curva 9 e Curva 1 a mais de 300 km/h?

Até hoje, os carros mais velozes no templo da velocidade gaúcha são os Fórmula 3 modernos, que registraram voltas na casa de 56s baixo. Tivemos nos anos 80 a categoria Fórmula 2, mas com a tecnologia de freios e pneus da época o máximo atingido foi 56s alto.

Para iniciar o comparativo, primeiro vamos pegar o melhor "local". Juliano Moro com o protótipo MRX #28 detém o recorde em classificações oficiais, com 57s8, uma média de velocidade respeitável de 189km/h que valeu a pole-position das 12 Horas de Tarumã em 2013.

O piloto gaúcho seria pário duríssimo para os melhores carros GT3 da Europa. A partir da média de volta dos GTzões do Mundial de Endurance (WEC) em Silverstone (pista rápida com características similares a Tarumã), calculamos o tempo de volta em Viamão. O dinamarquês Marco Sorensen teria uma volta projetada de 1min01s em seu Aston Martin Vantage, com uma média de 178 km/h de velocidade.

Avançamos o desafio com o poderoso Porsche 919 campeão das 24 Horas de Le Mans. Nas mãos de Mark Webber, o carro fez a pole, também em Silverstone. Com uma média de 214 km/h, o supercarro híbrido despacharia o protótipo gaúcho, com uma volta de 50s8.

Hora de tirar a carenagem das rodas... Apesar das diferenças de peso, a  briga do WEC com a Fórmula Indy seria muito próxima. Os monopostos norte-americanos especialistas em ovais conseguem uma média de 218 km/h nos ovais curtos, com potencial de girar 50 segundos cravados na pista gaúcha.

Chegamos, então, ao prato principal... Hamilton sobe a reta com a asa móvel aberta, tira levemente o pé e aponta na Curva 1. A excelente aerodinâmica segura a Flecha Prateada a mais de 250 km/h na guinada para a esquerda e ele aciona o ERS para ganhar velocidade até a curva do laço. Beirando ou até superando os 300 km/h, crava o pé no freio e reduz para terceira marcha no contorno mais lento da pista.

Novo trecho de aceleração máxima, ganhando velocidade até chegar no Tala Larga, onde uma freada leve aponta o carro à direita para a Curva 8. A partir daí, o desafio seria fazer pé no fundo, quem sabe aliviando na 9, tamanha a potência do Fórmula 1. Lomba acima, os cronômetros registrariam a pole-position do GP Farroupilha de Fórmula 1: 47s9 a uma média de 227,5 km/h. A base de cálculo foi o Red Bull Ring na Áustria, pista com sequência de curvas de alta muito similar a Tarumã.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895