Perez domina nas Arábias e vence com a Red Bull em Jeddah

Perez domina nas Arábias e vence com a Red Bull em Jeddah

Verstappen escala de 15º para segundo e Russell leva pódio do tapetão sobre Alonso em terceiro

Bernardo Bercht

Mexicano dominou as ações em Jeddah

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Arriba Arábia! Sérgio Perez usou todo o potencial da Red Bull para dominar o GP em Jeddah e vencer a segunda prova da Fórmula 1 2023. O mexicano passou um pouco de trabalho com Alonso no começo, entrou numa guerra de rádio com Max Verstappen no fim e levou o caneco. Largando de 15º, o holandês manteve a liderança com campeonato com uma recuperação impecável e o segundo lugar. Fernando Alonso manteve a Aston Martin na briga da frente e celebrou seu 100º pódio na carreira em terceiro. Uma punição de 10s após a quadriculada, contudo, trocou o pódio no tapetão para George Russell da Mercedes.

A largada teve emoção, com Alonso pulando como um gato verde do He-Man para a liderança. O espanhol levou o gostinho de liderar por três voltas o GP, enquanto Oscar Piastri levava a pior ao perder o bico e estragar sua ótima posição de largada com a McLaren. Era só o começo de um calvário para os carros laranjas. Max aproveitou e já ganhou duas posições para ser 13º, numa primeira volta cautelosa.

Lá na frente, Alonso ensaiou complicar a vida, mas no fim Perez passou com a asa móvel, quando essa foi liberada. O piloto da Aston, então, aproveitou a carona da Red Bull com o DRS e o vácuo para abrir vantagem para a Mercedes de George Russell. Mais atrás, Esteban Ocon segurava um trem com Hamilton e Charles Leclerc, numa prova bem frustrante da Ferrari, já que Carlos Sainz pouco conseguia atacar Lance Stroll na outra Aston.

A essa altura, Alonso já sabia que tinha uma punição de 5 segundos por alinhar errado no grid. ele colocou a roda esquerda muito para dentro no colchete. Com o vácuo de Perez, ele logo tinha folga suficiente, mais de sete segundos para Russell.

Max costurava o pelotão e já encaçapava Pierre Gasly, Leclerc e Hamilton para ficar na mira do pódio. Alguns pilotos começaram a parar, caso das Ferrari e Stroll; mas a tática acabaria comprometida pelo canadense. Ele teve um problema mecânico e parou na pista. A Aston estava numa área de escape, mas a direção de prova deu um safety car completo, muito esquisito, que podia ter sido virtual.

Com isso, o pelotão veio para os pits e Verstappen ganhou a posição de Sainz sem maior esforço. Na relargada, foi passar Russell e Alonso e já perseguir Perez. Numa tática diferente, durante alguns momentos Hamilton de pneus médios parecia ter ação para atacar até Alonso pelo pódio. Ele chegou a pressionar Russell, sem conseguir passar na turbulência e logo os pneus degradaram.

Russell também forçou o ritmo de duros e chegou a beliscar 1,5s de Alonso, mas o espanhol controlava totalmente o ritmo. A grande briga a essa altura era Kevin Magnussen e Yuki Tsunoda. Haas e AlphaTauri pelo último pontinho. O dinamarquês errou umas quatro vezes o movimento, enquadradou os pneus, mas no finalzinho, enfim, conseguiu passar e garantir um pontinho precioso na luta das pequenas.

Lá no fundão, Logan Sargeant batalhava com unhas e dentes as McLaren a bordo da sua Williams. Oscar Piastri conseguiu passar o companheiro Lando Norris e o norte-americano para chegar em 14º. Foi divertido, mas até aqui um ano perdido para o time laranja.

Na reta final, a fofoca do rádio era a tônica. Verstappen manifestava preocupação com o semi-eixo "barulhento". Perez perguntava os motivos para a equipe mandar ele manter um ritmo meio segundo mais lento que Verstappen. No fim, se acertaram até a bandeirada. Na volta final, o holandês fez a volta mais rápida da prova para garantir o ponto-extra e a liderança. A festa maior era do Ligeirinho Sérgio Perez, que ao menos mostra resistência a um domínio completo do colega de time.

Alonso ainda foi informado no fim que tinha que abrir 5s de Russell para garantir o pódio. Foi no limite, mas colocou os 5,1s. A FIA, contudo, botou 10s de pênalti e tirou a taça do espanhol. Hamilton chegou em formação das Mercedes em quinto, à frente das duas Ferrari; com Sainz em sexto e Leclerc em sétimo arrasado pela falta de performance. O oitavo foi Esteban Ocon, com a Alpine somando pontos duplos no nono de Gasly; seguido da Haas de Magnussen.


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