Pilotos pressionam, mas Fórmula 1 confirma GP da Arábia Saudita sob sombra de terrorismo

Pilotos pressionam, mas Fórmula 1 confirma GP da Arábia Saudita sob sombra de terrorismo

Categoria viveu quatro horas de incertezas em meio a questionamentos éticos sobre realização da corrida

Bernardo Bercht

Míssil foi disparado em local próximo do circuito

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Com as sombras do terrorismo e de questionamentos éticos para realizar provas na Arábia Saudita, a Fórmula 1 viveu quase quatro horas de incertezas nesta sexta-feira. Já na madrugada de sábado em Jeddah, veio enfim a batida de martelo para que a corrida seja realizada no domingo, apesar do cenário caótico com o ataque a uma unidade petrolífera da Aramco a cerca de 10 quilômetros do autódromo.

Enquanto o petróleo queimava, com fotos impressionantes, os pilotos ficaram fechados numa sala de conferências por duas horas e meias, em meio a debates intensos e à espera de informações concretas sobre a segurança do evento. Lewis Hamilton teria liderado um grupo com outros quatro pilotos - entre eles o campeão Max Verstappen - que disseram abertamente que não queriam correr nestas condições.

O chefão da FIA, Stefano Domenicalli informou que as autoridades locais garantiram a segurança plena do autódromo durante o fim de semana e, logo em seguida, entrou na sala dos pilotos com Ross Brawn. Quando saíram, foi a vez de todos os chefes de equipe conversarem com as estrelas do esporte.

Pouco antes das 21h, Christian Horner e Otmar Szafnauer - Red Bull e Alpine - relataram que a corrida seria informada. "Havia muitos boatos e informações desencontradas, a gente precisava colocar todos na mesma página", comentou Szafnauer.

Relatos da imprensa no autódromo apontam que o cancelamento esteve muito próximo, mas no fim das negociações os pilotos concordaram em se apresentar para os treinos classificatórios de sábado. A corrida foi confirmada em anúncio oficial, mas qualquer mudança no cenário poderá levar a novos questionamentos.


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