Prejuízo de 117 milhões da Mercedes no ano do título mostra tudo de errado na Fórmula 1

Prejuízo de 117 milhões da Mercedes no ano do título mostra tudo de errado na Fórmula 1

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A Mercedes-Benz revelou nesta sexta-feira que na campanha campeã mundial e vencedora de tudo, em 2014, arcou com um prejuízo de 117 milhões de dólares... Deixa ver se eu entendi... A equipe mais vencedora, com alguns dos melhores patrocinadores e detentora dos melhores bônus financeiros de resultados da FOM teve um prejuízo de cento e dezessete milhões de dinheiros americanos!!! Realmente, a Fórmula 1 vai muito bem das pernas e Force India e Sauber estão loucas em reclamar para a comissão europeia.

Os alemães foram bem claros no seu relatório que, mesmo vendendo motores para três equipes os novos propulsores cheios de frescuras eletrônicas aumentaram imensamente os custos. Além disso, tiveram de pagar bônus de sucesso para os membros do time e, mais legal ainda, pagar mais pela inscrição no campeonato e pela super-licença dos seus pilotos por conta dos pontos somados na temporada, cortesia de manobrinhas sanguessugas da FIA.

Como é que os nanicos vão sobreviver quando os melhores registram prejuízos equivalentes ao seu orçamento? As regras, a distribuição financeira, o modelo econômico e tudo o mais estão completamente errados na Fórmula 1 e isso está matando o esporte e, pior ainda, a diversão da categoria! Não há mais tanto charme, os pilotos não tem mais o mesmo tesão de guiar os carros e as equipes não tem dinheiro para disputar de forma minimamente parelha.

Aí as grandes soluções apresentadas são aumentar o barulho dos escapamentos e cortar o rádio das baratas... Peraí, pessoal, vamos tirar a cabeça de dentro do buraco. Arranjem um teto financeiro, simplifiquem os motores, definam preços máximos para as equipes comprarem e aumente a liberdade para desenvolver os carros, mas sem tanto enfoque na aerodinâmica... Será que seria tão menos "ecofriendly" uma Fórmula 1 com motores V8 de 3 litros com consumo limitado a 100 quilos de combustível (mas sem restritores, apenas o tamanho do tanque), acoplados a câmbios Hewland ou ZF manuais de seis marchas? Fica a dica...

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