Roberto Guerrero é um caso para dar esperança sobre Jules Bianchi

Roberto Guerrero é um caso para dar esperança sobre Jules Bianchi

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Guerrero foi resgatado inconsciente e precisou ser colocado no suporte de vida imediatamente. No Hospital Metodista de Indianápolis, o doutor Steve Olvey observou os exames neurológicos e percebeu que, sem lesão aparente, estava diante de um caso de lesão axonal difusa. A desaceleração intensa, somada ao golpe da roda do carro tinha causado o rompimento das fibras neuronais e consequente inchaço sem controle do cérebro do colombiano. Jules Bianchi sofreu lesões similares ao colidir com um trator de resgate no GP do Japão de Fórmula 1.

Sem conseguir controlar a pressão intracraniana, Olvey utilizou um método ainda não aprovado na época com doses enormes de barbitúricos, mantendo o paciente em coma e controlando a pressão sanguínea. Do contrário, o desenvolvimento da lesão severa poderia ocasionar até mesmo ruptura da base do crânio, usualmente com morte imediata.

O tratamento deu certo e a pressão que era de 60 (para níveis normais de 15) baixou após sete horas de aplicação dos barbitúricos. Guerrero acordou três semanas depois e passou por um processo de reabilitação de meses, primeiro para recuperar a fala, depois a capacidade física e, então, para reaprender inglês!

Em abril de 1988, Guerrero passou por todos os testes exigidos pela CART e voltou a alinhar no grid de largada para a corrida de Phoenix. Completou a prova em segundo lugar e mostrou que estava recuperado. Correu profissionalmente até 2000 e, aos 55 anos, segue fazendo provas ocasionais de rally.

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