Roger Penske percorre Indianápolis e monitora cada detalhe para a Indy 500

Roger Penske percorre Indianápolis e monitora cada detalhe para a Indy 500

Empresário de 85 anos vai finalmente realizar a prova com mais de 300 mil pessoas que imaginava

Bernardo Bercht

Doug Boules e Roger Penske debatem a todo momento melhorias

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O nome Penske sempre esteve mesclado à história das 500 Milhas de Indianápolis. Em 2019, porém, o tio Roger colocou seu nome literalmente nas estruturas da pista mais famosa do mundo. Ele comprou o complexo automobilístico e começou a implementar suas reformas para o futuro da corrida. Por conta disso, a pista também ganhou várias peculiaridades estilo Penske.

Aos 85 anos, o megaempresário segue incansável na gestão dos negócios e, claro, dá atenção para todos os detalhes no Indianapolis Motor Speedway. Desde 2020, foram dezenas de milhões de dólares investidos em reformas, começando pelos banheiros, mas passando por arquibancadas, estacionamentos e outras dependências. Tudo é muito meticuloso e com alguma fiscalização presencial do tio Roger, que já repetiu em várias entrevistas. "Se tem algo que eu aprendi na vida é que é sempre necessário lustrar os sapatos."

Isso transparece claro, nos carros da equipe Penske. São as rodas e braços de suspensão caprichosamente polidos até uma cor prata quase espelhada, por exemplo. Também se traduz em peculiaridades como a vaga de estacionamento em frente à pista, com o número 18: a quantidade de vitórias de seu time na corrida. Existe, ainda a credencial 18, com detalhes em preto e dourado. Ele nem precisa do documento, para desfilar lá e cá, mas usa como os demais. A diferença é que, nos cartazes da pista, está escrito que aquela é a única credencial com acesso a TODOS os lugares.

Roger precisou segurar os prejuízos de provas sem público ou com público reduzido durante o auge da pandemia. Agora, pela primeira vez terá a Indy 500 que imaginava promover lá em 2020. Com mais de 300 mil pessoas nas arquibancadas e alternativas de entretenimento as mais variadas possíveis na pista.

A obsessão detalhista não aparece somente em resultados. É possível ver in loco, o próprio Roger monitorando os resultados e debatendo mudanças por onde passa. Somente o Media Center, o enorme prédio que recebe a imprensa do lado do Pagoda, Roger visitou três vezes nas últimas duas semanas. E não foi para dar entrevistas.

Roger circulou por todo o prédio, fazendo apontamentos para o presidente do autódromo, Doug Boles. Desde melhoras na visão dos jornalistas para a pista, mais espaço para circular entre as mesas, até a remoção dos armários, que pessoalmente ele acha muito feios na sala principal... Depois das conversas, o empresário fez questão de passar em cada lugar para cumprimentar os jornalistas e desejar uma "grande cobertura de uma grande corrida nas 500 Milhas".


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