Sato lembra batalha de 2017 com emoção e espera mais lutas na Indy 500 contra Castroneves

Sato lembra batalha de 2017 com emoção e espera mais lutas na Indy 500 contra Castroneves

Japonês exaltou espírito combativo do tetracampeão brasileiro para conquistar prova que requer "preparação e sorte"

Bernardo Bercht

Japonês exaltou preparação meticulosa da Ganassi

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O japonês Takuma Sato entrou para o panteão das 500 Milhas de Indianápolis, ao vencer duas edições da corrida em 2017 e 2020. O herói nacional do Japão, após as conquistas, fica emocionado e até se entusiasma ao lembrar de sua disputa com Hélio Castroneves, seis anos atrás. E projeta muito mais entre os dois veteranos. "Eu espero poder lutar com ele nesta edição, e em outras mais, e vou olhar para o lado e dizer: 'Essa é minha'"

O próprio Castroneves coloca a derrota em 2017 como uma das suas mais doloridas, e Takuma fica surpreso, valorizando a situação. "Eu lamento pelo Hélio naquele dia, mas agora ele venceu quatro vezes. Todas as vitórias dele nos últimos anos foram especiais. É um privilégio brigar contra um cara como o Hélio e vencer a batalha. Foi um trabalho fantástico com a equipe Andretti aquele dia", comenta.

"E ele é um exemplo, pois foi segundo de novo e de novo, e agora eu entendo essa sensação. Como incomoda", afirma o piloto japonês. "Mas ele seguiu batalhando nos últimos 20 anos, voltou cada vez melhor e venceu de novo", enfatiza.

Alçado a herói nacional com as conquistas em Indianápolis - que incluem além das vitórias um pódio na Fórmula 1 -, ele destaca o conflito de aplicar diferentes filosofias, associando o jeito oriental metódico e a capacidade de arriscar e atacar, contando com a sorte. "Cada cultura tem um jeito diferente, de conquistar o que você precisa. Mas a preparação é o mais importante, e não há margem para erro", pondera.

"Cuidar dos detalhes é muito importante, no ano passado a gente não podia fazer isso por limites da Dale Coyne", lembra. "Agora, posso explorar cada pequeno recurso, pois a Ganassi tem isso. Então tenho trabalhado junto com os engenheiros, de um jeito metódico para chegar a esse ponto", contou o japonês.

Aí, entretanto, entra o fator "mítico" da velha Indianápolis. "Não adianta ter recursos, precisa saber usar e ainda ter sorte. Se estiver em segundo, não conseguir ganhar, talvez não tenha sido um dia perfeito. Mas se você tem sorte e nem todo aquele equipamento, pode ser que surja a chance de vencer e precisa aproveitar na hora. No attack, no chance (sem atacar, sem chance)", emenda no seu famoso bordão.


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