Scott McLaughlin comanda abertura da temporada e vence primeira na Fórmula Indy

Scott McLaughlin comanda abertura da temporada e vence primeira na Fórmula Indy

Hélio Castroneves mudou de tática no meio da corrida e se recuperou para 14º

Correio do Povo

Piloto da Penske controlou ataques e venceu sua primeira

publicidade

A pequena Nova Zelândia parece ter produzido mais um monstro do volante para a Fórmula Indy. Neste domingo, Scott McLaughlin, comandou de maneira categórica a abertura da temporada nas ruas de St. Petersburgh e venceu pela primeira vez. O piloto da Penske até foi incomodado pelo atual campeão Alex Palou, mas sempre teve uma carta na manga para manter a dianteira.

- Veja o resultado

Depois de uma largada que evitou maiores momentos acidentados, Pato O'Ward era o destaque ao pular de 16º para nono, costurando entre os muros e os carros para colocar sua McLaren na disputa do top ten.

Lá na frente, Colton Herta superou Will Power e tentou perseguir o blindado McLaughlin, enquanto Palou ganhava duas posições para ser oitavo. Os frances Simon Pagenaud e Romain Grosjean tiveram uma primeira volta complicada e perderam posições. O brasileiro Hélio Castroneves, por sua vez, manteve-se em 17º.

O primeiro terço da corrida, a partir daí, foi um pouco monótono, todo mundo com dificuldades de passar, até Rinus Veekay começar a ter problemas de desgaste de pneu. Também veio o divisor de águas, quando alguns pilotos arriscaram parar cedo e entrar numa tática de três pit-stops. Entre eles, o alienígena Scott Dixon, O'Ward, Rossi, Pagenaud e Castroneves.

Este componente tático da corrida foi realçado quando o estreante David Malukas carimbou os muros internos e externos da pista, no único acidente da corrida. Veio a bandeira amarela. Quem mais lucrou foi Palou. Quase fazendo mágica, a Ganassi fez o espanhol ganhar seis posições com um pit-stop assombroso. Castroneves, que já estava lá atrás, pensou rápido e decidiu abdicar da tática arriscada para voltar à janela de combustível do líder. Os demais seguiram firmes na trifeta, e teriam problemas.

Na metade final, um momento bem divertido veio quando Jimmy Johnson numa boa 12ª colocação tentava segurar uma fila de carros rápidos. Ele até conseguiu, por três volta, mas com pneus muito desgastados, acabou atropelado pela turma.

Lá na frente, Dixon e O'Ward tentavam abrir para o pelotão de forma a voltar em situação competitiva. Mas a tática do dia, mesmo, era de dois pits. Com o segundo lugar entregue numa bandeija de ouro por sua equipe, Palou foi à caça de McLaughlin.

O neo-zelandês, contudo, tinha controle total ao assumir a liderança, com o pit de Dixon. A Ganassi ainda teve a cartada de usar Jimmy Johnson para segurar a Penske quando levava uma volta. Palou descontou de 2,5s para milésimos a diferença, mas McLaughling segurou qualquer chance de ataque. Na volta final, Devlin Defrancesco ainda surgiu como retardatário e atrapalhou o líder, mas mesmo assim a Penske se manteve à frente e cruzou para a vitória consagradora do neo-zelandês.

Power chegou em terceiro para definir o pódio, enquanto Colton Herta e Grosjean conseguiram superar Veekay para formar o top 5. Dixon ainda recuperou para oitavo numa estratégia esquisita. Outro destaque do dia foi Takuma Sato, vindo do fundo do pelotão para fechar em décimo. Castroneves lucrou um 14º posto, apesar de todas as mazelas táticas da Meyer Shank, finalizando à frente do companheiro Pagenaud.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895