Takuma Sato supera duelo com Dixon e vence as 500 Milhas de Indianápolis

Takuma Sato supera duelo com Dixon e vence as 500 Milhas de Indianápolis

Japonês faturou sua segunda vitória e entrou de vez para a história do automobilismo

Bernardo Bercht

Samurai Voador neles!

publicidade

Takuma Sato cresceu na hora certa para quebrar a hegemonia de Scott Dixon na Indy 500 de 2020. O japonês entrou definitivamente para o panteão das lendas do esporte ao passar o neo-zelandês no fim e vencer pela segunda vez as 500 Milhas de Indianápolis. Foi um grande dia para a Rahal, que colocou Graham em terceiro, atrás de Dixon.

- Veja o resultado final

Depois de passar o apagadíssimo (DE NOVO) Marco Andretti na largada, Dixon disparou na dianteira e na primeira metade da corrida exerceu um domínio assustador. Era difícil vislumbrar qualquer cenário que tivesse outro vencedor que não o piloto da Chip Ganassi.

Numa prova bem acidentada, porém, foram várias as oportunidades de mudar táticas e mexer no acerto do carro, contudo. E, aí, Takuma Sato cresceu depois da 100ª volta e começou a aparecer definitivamente no radar.

O primeiro susto da corrida veio com a explosão dos freios, e da roda, de James Davison, o que tirou o australiano da prova no começo. Logo depois, Marcus Ericsson perdeu o controle e bateu no muro externo com alguma força. A Penske e alguns pilotos tentaram mudar de tática e escalar o pelotão.

O problema é que Dalton Kellet também achou a mureta e, aí, obrigou os comandados do Tio Roger a voltar para a estratégia convencional, desperdiçando uma chance de destronar Dixon. A partir daí, somente Josef Newgarden que largou no grupo da frente, e Hélio Castroneves cresceriam para o time. Na relargada, Conor Daly perdeu o controle sozinho, Oliver Askew se assustou ao evitar bater junto, e bateu forte no muro interno. Felizmente, somente os carros destruídos.

Os brasileiros tinham um bom ritmo para entrar no top ten no rumo à metade final da corrida. Tony Kanaan circulou um bom tempo em oitavo e Castroneves avançava rapidamente para o 10º. Aliás, foi dele uma manobra que gerou três ultrapassagens em apenas uma curva, ao evitar o toque entre Ryan Hunter-Reay e Simon Pagenaud. Para Fernando Alonso, o dia era para esquecer, com o motor do carro morrendo nos pits e fazendo ele perder uma volta bem quando a festa ia esquentar.

A partir daí, Alex Rossi passou a desafiar Dixon. O piloto da Andretti trocou a liderança com o neo-zelandês algumas vezes, até a rodada de pits. Aí, saiu descontrolado e bateu em Sato, levando uma punição e caindo para o fim do grid. Tentando compensar, fez boas ultrapassagens, mas também achou o muro. Alex Palou também acertou feio o muro. Foi o sinal para a batalha definitiva da corrida.

Na relargada, Sato não quis saber de Dixon foi para cima liderar, sem querer saber de trocar vácuo. Dixon mudou de trajetória e ensaiou passar três vezes, mas o japonês fechou a porta. A cinco voltas do fim, Spencer Pigot protagonizou uma pancada de pesadelo. Bateu em T na quina da mureta dos boxes e destroçou a lateral do seu carro. Felizmente, o chassis e o aeroscreen ficaram íntegros e o piloto saiu apenas tonto. Kanaan e Castroneves erraram a dose na mudança de acerto e caíram de desempenho no fim. Castroneves fechou em 11º e Tony foi apenas 19º.

Com a entrada dos boxes esfacelada, fim da brincadeira. Takuma Sato duas vezes vencedor da maior corrida do mundo. A história escrita de novo em Indianápolis.

 

 

 

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895